quinta-feira, 20 de julho de 2023

Cem anos de solidão*

Geração pós geração

À solta

Digladiada

Entranhada

Em vida rota


Muita bebericação

Muita desnutrição

Em terra

Que sucumbe e desfaz-se tola


É ideologia que percorre o mar

Que inunda e se envolve o sumo

Do Corão que rege as Leis que nos impactam

Que não se assossegam e se rebelam sem nenhum prumo


É o desdém pela consciência

É a vingança que se carrega em cada ombro

É a vida de Édipo

Que sendo rei

Vive em assombro


Assombrado

Pelo destino

Predestinado pelo risonho

Riso

Do destino?

Dos seus sonhos


São sonhos que não se alembram ao longo do dia

São maldições, malversações perversas do ditocujo

Que vive em nós

Mas que nos leva a replicar

A repetir

O que somos

O que nós fomos


A cada geração que existimos

Em nossa ancestralidade

Que nos arrebata

Que nos maltrata


Que nos lembra

Que somos filhos da terra

Que somos filhos de nossos pais

Que somos filhos de um sobro que ainda prepondera


Que nos aterra

E que chamamos de Destino

Porque à sua cólera sucumbimos


Ah! Quem dera não ser filho de meus pais

Ah! Quem dera negar como estou

Ah! Quem dera ser outra pessoa


Ah! Quem dera negar quem que sou


* Poema inspirado em livro de mesmo nome




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