Geração pós geração
À solta
Digladiada
Entranhada
Em vida rota
Muita bebericação
Muita desnutrição
Em terra
Que sucumbe e desfaz-se tola
É ideologia que percorre o mar
Que inunda e se envolve o sumo
Do Corão que rege as Leis que nos impactam
Que não se assossegam e se rebelam sem nenhum prumo
É o desdém pela consciência
É a vingança que se carrega em cada ombro
É a vida de Édipo
Que sendo rei
Vive em assombro
Assombrado
Pelo destino
Predestinado pelo risonho
Riso
Do destino?
Dos seus sonhos
São sonhos que não se alembram ao longo do dia
São maldições, malversações perversas do ditocujo
Que vive em nós
Mas que nos leva a replicar
A repetir
O que somos
O que nós fomos
A cada geração que existimos
Em nossa ancestralidade
Que nos arrebata
Que nos maltrata
Que nos lembra
Que somos filhos da terra
Que somos filhos de nossos pais
Que somos filhos de um sobro que ainda prepondera
Que nos aterra
E que chamamos de Destino
Porque à sua cólera sucumbimos
Ah! Quem dera não ser filho de meus pais
Ah! Quem dera negar como estou
Ah! Quem dera ser outra pessoa
Ah! Quem dera negar quem que sou
* Poema inspirado em livro de mesmo nome
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