Às vezes ficou louco
Devaneando
Pelos sonhos
Na minha
mente
Pela vida
No espaço
sideral
E me perco
Em ideias
nada originais
Em um
catatau ideal
Em uma
região periférica
E sombria
Da amígdala
Que bate
Que fere
Que morde
Que tem medo
A amígdala é
o órgão cerebral do medo
É ela que
impede a gente
De pular de
um prédio
Mas que nos
impele a buscar
A segurança
em detrimento da liberdade
Como se a
vida não fosse feita para voar
Mais para
algo do tipo:
“onde haverá
choro e ranger de dentes”
Acho que
você já ouviu isso...
Enfim,
A vida é
para sonhar
Para
planejar
Para partir
E para voar
Só não pode
delirar
Porque quem
delira
Acredita que
a vida é feita de ilusões
E iludir-se
é bom
Até quando
chega a conta do pão
FOTÓGRAFO: Philipp Kammerer |