terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Samba

De roda

De escola

De butiquim


Te pega na vida

Te leva embora

Te deixa a fim


Te joga nos lados

Te pega de volta

Te dá um sorriso

Te leva embora


Te chama no canto

Te deixa em prantos

Te revira por dentro

Te deixa molengo


Numa sexta a tarde

Em um sábado a noite

Em um domingo de manha

Sempre o samba te leva


Sempre ele te traz

Seja pelo mar

Seja pelos cabelos

Qual o timoneiro


Mas ele faz

Ele traz

Ele é samba

Ele é capaz


De mudar sua trajetória

E roubar sua paz

E ampliar sua memória


De vida

De dores

De sorrisos

De amores


Isto é vida

Isto é ginga

Coisa de bamba

Isto é o samba

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Poesia de Cara

Só queria ser feliz, cara Sem aperto no peito Sem dor de cabeça Sorriso rasgando Sorriso na cara A cara não é cara A cara é de menos Com dentes escovados Sem meias palavras Sem beijos e abraços Uma dureza que só Sem moleza Ouviu? SEM M.O.L.E.ZA Não é mole não Pois quem é mole Se joga do alto E abraça o asfalto Espatifa no chão! Espatifou? Bem-feito! Só não atrapalha o trânsito Sai do meu caminho Sai do meu caminhão De angústias De raiva De sina Lascívia Contida Na lábia Só queria ser feliz, cara

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Ê Jãozinho

Chegou o dia da entrega da redação escolar e a professora ficou muito entusiasmada com as redações de suas fofuras de alunos. Menos com a do Jãozinho.

Jãozinho já apresentava, aos 7, tendências curiosas em seu comportamento e um certo ardor fervoroso por atividades que são recriminadas pela sociedade.

A Dóra, que era uma belezinha de menina, por exemplo, alimentava a sanha pela Medicina. Amava os animais e se não fosse "dotôra" de gente, certamente seria dos bichinhos. E seria, certamente seria.

Já o Ricardinho era o cara da sala, era bom de bola e seu sonho era ser ponta esquerda no Curíntia. E o rapazinho era talentoso mesmo. Driblava um, quebrava outro, colocava a bola na frente e haja pulmão para acompanhar o Ricardinho. Era GOOOOOL na certa.

Também tinha o Fernando. Esse era bom em tudo que era científico. Menino inteligente da Po"""" esse. Era bom de química e física e ficou amigo da rapaziada dando aquela força na prova de matemática. Afinal, não era bonito e ficava envergonhado na frente das garotas. Então resolvia seu lado fraco com essas compensações com os coleguinhas. Gente boa esse Fernando e futuro engenheiro do ITA.

E todos esses, reconhecendo seus respectivos e maravilhosos talentos, fizeram suas redações com base naquilo que acreditavam ter potencial. E o Jãozinho não era diferente, mas suas habilidades não eram, desde cedo, bem aceitas pela sociedade.

Mas o Jãozinho...

- Vem cá, Jãozinho!!!

- Que foi fessora?

- Ah! Jãozinho!

- Que eu fiz? Juro que não fui eu que passou cola na cadeira da Bruna!

- Cê fez isso também Jãozinho, foi?

- Ai...

- Depois a gente conversa disso! O papo agora é outro.

- Que papo, tia?

- Que redação é essa, João?

- Nossa, tia, por que a senhora tá me chamando com esse nome? A senhora nunca me chama assim. A senhora tá brava, tá?

- Não estou brava menino. Estou decepcionada.

- Nossa, fessora, o que eu fiz?

- Que diacho de redação é essa? É esse o seu sonho criatura? É para isso que eu dou um duro danado aqui com vocês?

- Ah é - disse a endiabrada miniatura de gente com o rosto enrubescido.

- Ah é! É só isso que você tem para me dizer, diacho? Que raio de redação é essa??? Como assim? Por que diacho você quer ser ASSALTANTE DE BANCO?

- Então, fessora, é que essa carreira é mais promissora que as outras. Ser jogador de futebol é para poucos e não tenho esse talento todo. Ser médico? Piorou, né? Tem que ser muito inteligente. E engenharia é difícil, sou ruim de conta.

- Nossa menino, que cabeça oca é essa sua? Você não acha que é capaz?

- Talvez eu até seja, fessora. Mas dá muito trabalho. Olha para a senhora...

- Como assim, menino? - Nesse momento a professora ficou perplexa e curiosa, ao mesmo tempo. - Anda logo, desembucha!

-Ah! A senhora sabe como é, né?

- Não sei não, desembucha!

- Ah, fessora eu gosto do trabalho que a senhora faz.

A professora então se sentiu elogiada, mas permaneceu em choque pela primeira opção de seu querido - endiabrado, mas querido - aluno. Afinal, ele tinha preferência por ser assaltante de banco que professor.

- Então, criatura, porque você não quer fazer o que eu faço?

- Ah, fessora, vou estudar muito, terminar todo o ensino básico, o colegial e fazer faculdade para ser professor? Dá muito trabalho e não ganha muito.

- Ah, então o safadinho quer ser assaltante de banco???

- Sim, fessora, porque é mais promissor.

- Como assim, diacho?

- É mais promissor porque exige menos conhecimento e os ganhos são mais rápidos.

- Meu Deus, criatura! - Ah! Professora já não estava mais se aguentando.

- É, fessora, e não quero fazer pelo resto da vida não.

- É, diacho! Até quando você quer fazer isso?

- Ah! Eu quero fazer uma vez só para conseguir um dinheirinho bom para ajudar minha mãe, coitadinha. Trabalha tanto e não tem o menor valor.

- E sua mãe ia gostar disso? De saber que você quer ajudá-la com dinheiro roubado?

- Não, fessora. Por isso vamos fazer um trato.

- Como assim? - Agora a professora ficou ainda mais assustada com a ousadia do moleque. E mais curiosa ainda.

- Sim, fessora. A senhora não conta para ela e eu ajudo a senhora quando eu tiver feito o roubo.

A professora achou aquilo uma baita maluquice e mandou o moleque fazer uma redação "decente".

E no fim tudo acabou bem.

Exceto quando a professora foi presa pela Polícia Federal, 20 anos após esta conversa, porque não soube explicar a procedência de 2 milhões que haviam sido depositados em sua conta.

Ê Jãozinho...


segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Tinder


Sou gato, loiro, intelectual, sou médico, pareço o  Brad Pitt (na época do Clube da Luta) - R$ 300 mil.

Sou alto, loiro, magro, musculoso, tanquinho, engenheiro, ganho bem, Camaro e casa em área nobre da cidade - R$ 200 mil.

Tenho altura média, analista de marketing em multinacional, bom de papo, inteligente, bonito, intercâmbio e fiz MBA na FGV. - R$ 100 mil.

Tenho altura média, olhos verdes, pele bem clara, professor de faculdade com doutorado. R$ 50 mil.

Tenho altura média, intelectual, manjo de Rock´n Roll dos anos 70. Analista de TI em uma Startup que é o futuro Unicórnio. Inglês fluente - R$ 25 mil.

Curso técnico em eletrônica, inglês avançado. Olhos cor de mel. Pele de ébano -  R$ 12,5 mil.

Professor. História. Concursado na Rede Pública Municipal. Bonitinho, 40. Nem gordo nem magro - 6 mil.

Sou vendedor. Ensino médio completo. Gordinho, 35 anos - 3 mil.



segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Minas São Paulo Bahia Paraná

É bão uai!

Não é.

É sim! É muitXu booooom! Você teeeeem qui provar!

Mas é, sô! Cê tá certo demais, viu?

Não, não é.

Mas como assim, bichim! Tú não tá venu que é bom?!!!

É...cual o seu problema cum pãodiqueijo, fi?

Nenhum. Apenas não gosto.

Tem certeza, uai?

Sim, claro.

Mas fala pra gente então qual o seu problema!!!! (em tom raivoso)

Nenhum.

Ê bicho estranho, sô.

Estranho demaaaaaaaais essi povo daquiiii. Conversa, não?

Ê... Esses trem não conversa.

E, você, rapaiz, qual o problema?

.....

Amigo, ele lhe fez uma pergunta. Seja cordial, responda.

.....

Uai, o trem comeu sua lingua, fi?

É, bichim, comeu, foi?

Esses piá num tem mais o que fazê (consigo, bem baixinho).

Quer saber, vamo entãaaaaao comer uma muqueca da bouaaaaa!

Uai, que trem é esse de queca?

Moqueca, amigo. Moqueca. Isso me interessa. E você, amigo, já comeu moqueca?

Já ouvi.

....

Mas, uai, ele qué sabé se você começou esse trem.

Comer trem? Masassim você vai ter excessodeferro, piá!

Ô trem doido sô. Mas numéissonão, viado.

Mas parece que é sim, bichiiiiim. Vamu te levar pro hospital depois de almuçaaaa! kkkkkk

Sim, vamos almoçar que estou com pressa. Você vem?

Acho que vou.




sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Pragmática

Absurda

Muda

Cega

Será?

Talvez

Mas conforme o observador

Aquele que observa a fé

A fé é o objeto

As vezes

Abjeto

Para alguns...

Isso é certo

Fé errada

É a fé de outrem

A fé dos outros é mito

A minha é dogma

É verdade

Um consolo

Na verdade

Pois assim

Eu não morro

Se morro

Me confortarei

Lembrarei

Que

O papel

Neste

Mundo

Cumpri

Mas em nada nele fui razão de existir

Se ainda fosse

Como Lutero

Como Francisco

Como Jesus

Como Maomé

Ainda...

Se ainda assim o fosse

Eu teria existido

Mas como não o fui, não o sou, não o serei

Morri

Apenas morri

E morrerei

Deitarei-me no esquife

Eternamente inconsciente

Deitado eternamente

A fé nada mais é

Que uma forma

De me eternizar

AQUI

Estando acolá

Mesmo jazendo

Mesmo não mais existindo

Só a memória jazendo

Todos os mortos morreram

Só alguns sobreviveram

Aqueles que no coletivo

Permaneceram

AMÉM


domingo, 15 de outubro de 2017

Nunca

A mulher de minha vida

Nunca existiu

Apenas pesos e lágrimas

De uma prisão

Um covil

Quem eu amo

Nunca me amou

Nunca se me ligou

Nunca se me abriu

Nunca se me ligou

É como se fora o purgatório

É a verdadeira dor eterna

É a verdadeira solidão

Estou fadado a sofrer

Estou fadado a solidão

Meu Deus, como sou miserável

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Balada

Banho. Toalha. Calcinha. Espelho. Sutien. Vestido Vermelho. Batom Vermelho.

Perfume. Carro. Fila. Música. Som. Caipirinha. Abraços. Danças. Abraços. Danças. Mais caipirinha. Menos maquiagem. Halls. Beijo.

Beijos. Amassos. Vodka. Tequila. Mais amassos. Mãos bobas. Caipirinha. Amassos. Carro. Casa. Transa.

Corpo. Seio. Cabelo. Cabelo. Sutien. Calcinha. Mão boba. Delícia. Língua. Sexo. Seio. Abraço.

Orgasmo. Cansaço. Sono. Dormir. Café da manhã. Transa. Mãos. Transa. Almoço. Tchau.


terça-feira, 10 de outubro de 2017

José

E agora, José?
O fogo apagou
A água parou
O gás acabou
A comida esfriou
e agora, José?
e agora, José?
você que está com fome
que ronca o estômago
você que faz pratos
que come, e detesta?
e agora, José?
Está sem a janta
está sem sorriso
está sem um garfo,
já não pode comer,
já não pode beber,
um bife já não pode
o arroz esfriou
o miojo não veio
cup noodles não veio
a pizza não veio
não veio o marmitex
e a comida acabou
e a comida fugiu
e a comida mofou
e agora, José?
E agora, José?
Sua doce goiabada
seu insopado de lebre
sua gula e jejum
seu livro de receitas
seus talheres de ouro
seu copo de vidro
sua indigestão
sua gula - e agora?
Com a chave na mão
quer trocar o gás
não existe a rosca
quer morrer no gás
mas o gás acabou
quer ir para Minas
Lá o fogão é de lenha
José, e agora?
Se você comesse,
Se você bebesse,
Se você refogasse
A carne flambasse
Se você se deleitasse
Se você se empanturrasse
Se você se fartasse
Mas você não come,
você está duro, José!
Com fome, no escuro
qual cão sem osso
sem esperança
com chama nua
para acender
deixa o gás
que uma explosão cause
você dissipa, José!
José, se foi. Para onde?


Primaveril

Chegou a primavera
Com ela, o Sol e os sorrisos
E a praia
E o Sol
E as belas mulheres
Te amo. É primavera
E os sorvetes
E as frutas
Trago esta rosa, para lidar
E o Sol
O Sol escaldante
Mosquitos
A DENGUE!
As chuvas
ENCHENTE
E as flores e os ipês!
ATCHIM, ALERGIA!
ALEGRIA!
ALEGRIA?
Mormaço, suor e odores.
Primavera
Verão
INFERNO
Primavera...
O céu brilha mais cedo
E tem horário de verão
INFERNO
Deus criou o inverno
E o diabo criou o verão, uma amostra do inferno
É quente
É para se lembrar para onde você vai se comete pecados
É para isso que a primavera e o verão foram criados
E borboletas
E lagartas
E lacraias, escorpiões e baratas
Mas chegou a primavera..
Ah! Que linda!
A primavera.
Mal posso esperar as Águas de Março para encerrar essa marofa da primavera
Que linda essa primavera. Tão primaveril.
Pena que não se compra em farmácia.
Já pensou? Tome um Primaveril e a primavera sumiu.

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Rodoviária

Lugar feio
Com gente esquisita
Tão preto e branco
Mas mas tão colorida

É um entra pra cá
Um sai para lá

Gente com pressa
E gente que demora
Em um beijo
De despedida

É o telefone que toca
A menina bonita da loja de conveniências
Um monte de lojas
Um monte ônibus

Um monte de gente esquisita

Um monte de cachorros
Um monte de pulgas

Um monte de resquícios de aromas variados
Não indicados para um jantar de pedido de casamento

É o caos
É a andança

É a mudança

Mala que vai
Mala que vem

Vida que vai
Vida que vem

Vida que se vai
Vida que se vem

É a correria
É o ônibus
A pressa
A sede para chegar no ponto
A sede para chegar na hora

É o cobrador
É sem desconto
É o troco que não vem
É a fila que cresce

É um sobe de desce

É com elevador
E sem eleavdor
Mas tem escada
Só não tem quando muito pequena

É sempre pixada
É sempre mal conservada
É o banheiro fétido
Mal conservado
Como o teto

É vida que vai
É vida que vem

É vida que se esvai
É vida que não vem

As vezes passamos por ela várias vezes
Em nossa cidade
Em cidades que muito visitamos

Às vezes simplesmente paramos
E o ônibus se vai
Para nunca mais voltar

É um ponto de encontros
É um ponto de mudanças
De riscos
De reviravoltas

De trânsito
De algo que vai e que não volta

É a vida que se esvai
Vida que se foi

Vida que não volta

É o ônibus que se foi

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Receita Musical

Raça Negra quando se leva um fora

O Teatro Mágico para desabafar com alegria

Vanessa da Mata para viajar na mente


Zeca Pagodinho para beber o churrasco

Zeca  Baleiro para um show de rock batuqueiro

Sara Bareilles porque é bonitinho...


Muddy Waters para transar gostoso

Ella Fitizgerald para pensar

Tom Waits para pensar mais um pouco


John Willians para conversar com os nerds


Mariza Monte para sorrir

Paulinho da Viola para navegar

Novos Baianos para aprender rock com samba


Guns'n Roses para fingir que entende de rock

Nirvana, bem..., para fingir mal


Beth Carvalho para pular cantar dançar sambando

Jair Rodrigues para criar o rap no Brasil

E o Dicró... hahahaha... deixa para lá

Almir Guineto para o Zeca Cantar

Os Originais... Do Samba... para contar história

E os Demônios também


Robert Johnson para os cães alimentar


Etta James para sentir saudades dos tempos dos meus avós

Antonie Duffour para sentir inveja

Iron Maiden para conversar com a galera do Metal


Queen... Queen é para cantar olhando para o céu

Com Hendrix para se brincar de queimar guitarras

E o Russo só para fingir que gosta de rock nacional

Mas daí tem o Barão e os Paralamas para salvar


Led Zeppelin para assumir que realmente é do rock

System of Down e Rage Against para a raiva aumentar

Junto com o Rappa para a raiva justificar


Los Hermanos para bancar o descolado

Móveis Colonais de ARACAJU para ser muito mais


E Rogério Skylab para fingir que tem bom gosto musical


Kid Abelha para pensar no tempo

Emerson Nogueira para curtir um som na medida certa

Lady Gaga para lembrar dos seus melhores amigos


Creed para no mosh entrar

Muse para entrar numa treta medieval

AC/DC para se cantar como Bon Scott

Whitin Temptation para viajar na vocalista


Audioslave para pular para cima

Bruno Mars para voar com estilo


Buddy para ter certeza que os bons ainda não morreram

Chico Buarque... Ah! Para um cabernet acompanhar...


Diogo Nogueira para ouvir o João

Djavan para não entender nada e achar o máximo


Elvis Presley para aprender sobre rock depois dos 30

Norah Jones para a paz acalentar

Enya para sua alma sossegar


Bee Gees para lembrar dos tempos dos seus pais


Howlin´Wolf para transar como Muddy

Maria Gadú para querer pegar Lily Braun


Incubus para um som agitar


Ivete... Muito bom para sempre se ouvir

Jason Mraz para se ouvir (quando) se lembra


Art Popular para quando Raça Negra não resolver


Johnny Cash para pensar "que foda!"

Pink Floyd é indispensável


Lenine para ficar (muito) de boa

Little Walter para lembrar dos mestres


Mariah Carey para pensar "cantar assim é possível?"


Megadeth para realmente curtir uma banda de Metal


Michael Jackson... O Michael é foda!

E Beattles...Daí não precisa explicar ;)


Simon e Garfunkel para na sua infância adentrar

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Um texto careta

Um texto careta é feio

É uma transmissão de ódio

É uma perda de tempo no universo

É algo que transmite

Mas não transmite

É sem sal

É sem sal e depois diz também que é sem açúcar

É o lugar, o "senso", comum

Mas que se merece censurar

Um texto careta é uniforme

Tão quadrado quanto a mente de quem lhe criou

É o vício preguiçoso de quem supostamente pensou que escreveu

E sim, escreveu, de fato

Preencheu o papel com tintas ou a tela com pixels

Pois isso é escrever

Mas não transmitiu

Falou, mas não disse

Não disse para que veio

Ninguém percebeu

Ninguém percebeu o careta que lhe concebeu

Ninguém aceitou...

Vou continuar assim porque este não é careta

Ou seria?

Bem... Se ninguém percebeu é porque a mensagem morreu

E o careta...

Ah! Melhor um cigarro careta que um texto.

Pelo menos o cigarro apaga o fogo de alguns

Com 15 mil substâncias caretamente descritas

Mas quem apaga um texto de um careta?

Ah! Melhor dar um cigarro para apagar o careta

Pena que apaga aos poucos

O texto, é claro...

Ah! Este texto não terá verso de ouro, nem conclusão

Ele não é careta.

Termina com um "Tchau"

Tchau!

Ah! E não fume porque o Ministério da Caretice disse que não pode

Ah! Esqueci de dizer que este texto não é recomendado para menores de 18 anos

Então não leia este texto se você for menor de 18 anos

Boa noite!