sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Rodoviária

Lugar feio
Com gente esquisita
Tão preto e branco
Mas mas tão colorida

É um entra pra cá
Um sai para lá

Gente com pressa
E gente que demora
Em um beijo
De despedida

É o telefone que toca
A menina bonita da loja de conveniências
Um monte de lojas
Um monte ônibus

Um monte de gente esquisita

Um monte de cachorros
Um monte de pulgas

Um monte de resquícios de aromas variados
Não indicados para um jantar de pedido de casamento

É o caos
É a andança

É a mudança

Mala que vai
Mala que vem

Vida que vai
Vida que vem

Vida que se vai
Vida que se vem

É a correria
É o ônibus
A pressa
A sede para chegar no ponto
A sede para chegar na hora

É o cobrador
É sem desconto
É o troco que não vem
É a fila que cresce

É um sobe de desce

É com elevador
E sem eleavdor
Mas tem escada
Só não tem quando muito pequena

É sempre pixada
É sempre mal conservada
É o banheiro fétido
Mal conservado
Como o teto

É vida que vai
É vida que vem

É vida que se esvai
É vida que não vem

As vezes passamos por ela várias vezes
Em nossa cidade
Em cidades que muito visitamos

Às vezes simplesmente paramos
E o ônibus se vai
Para nunca mais voltar

É um ponto de encontros
É um ponto de mudanças
De riscos
De reviravoltas

De trânsito
De algo que vai e que não volta

É a vida que se esvai
Vida que se foi

Vida que não volta

É o ônibus que se foi

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