segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Sigam-me os bons

Sigam-me os bons
Sigam-me os de bem
Sigam-me os homens de bem

Sigam-me os injustiçados
Aqueles contrariados
Infelicidados
Ofendidos com o resultado

Sigam-me os bons
De raiva embrigados
Que se sentem injustiçados
Que sentem a veia fever
Que sentem ódio
E sentem vontade de botar pra fuder

Sigam-me os bons
Aqueles que não acreditam
Que sentem e transpiram de ódio
Que odeiam
O.D.E.IA.M
E sentem desprezo pelo irmão

Sigam-me os bons
Que vão a igreja
Rezam o Pai Nosso
Em profunda oração
Mas que na hora da raiva
Perdem a linha
E humilham em vão

Sigam-me os bons
Os homens de bem
Que são superiores
Que humilham
Que apontam o dedo
Esbravejam em vão

Sigam-me os bons
Que proclamam preconceito
Enchem a boca
Cospem na cara
De quem lhes limpa o chão

Sigam-me os bons
Que transpiram ódio
Que anseiam vingança
De todo coração

Sigam-me os bons
Sigam-me os de bem
Sigam-me os abastados
Sigam-me os endinheirados
Sigam-me aqueles que têm

A cabeça inculta
A serviz dura
A mente vazia
E o coração de pedra

Sigam-me os bons
Sigam-me para a luz
E verão que Jesus andou com pobres, bêbados e prostitutas
E com sofredores nordestinos também

Sigam-me os bons
E que Deus lhes abençõe
Que lhes abra a mente
Para enxergar naquele ente sofrente
Naquele que nem mais parece gente
O Deus que crucificamos, Jesus.

Sigam-me os bons
Sejamos bons
Sejamos mensageiros da paz
Sejamos pessoas realmente boas
E não um demônio voraz

Sigam-me os bons
E deixem o ódio para traz