Barata boa vida
Que não conhece
O lado sujo da avenida
Que delimita
A vida das baratas de esgoto
E daquelas que estão
Na boa vida
Criada a base
De leite pera
Sucrilhos, Nescau
E erva-cidreira
A barata gourmet
Não sabe o que é o ralo
Nem surfar pelo chuveiro
Não sabe nadar
Nem come sujeira
Mas sente ranço
Dos restos da pia
"Ai que nojeira!"
Barata de armário
Que não conhece a doidera
Não toma cerveja
Não foge de lagartixa
Nem come batata doce
À beira da fogueira
Ah! Barata!
Nada mateira
Te encontrei no meu armário
ZAP!
Vai para a lixeira
segunda-feira, 16 de julho de 2018
Dinheiro
Dinheiro compra sexo, mas não compra Amor
Dinheiro compra remédios, mas não compra Saúde
Dinheiro compra prazer, mas não compra Felicidade
Dinheiro compra o efêmero, mas não o que é da Eternidade
Dinheiro compra, adquire e até flutua
No câmbio, fluta
Mas será que nos intermédios diários
- os intercâmbios da vida -
os sentimentos compra?
.........
Compramos por comprar
Para satisfazer necessidades que são como nós: efêmeras
Somos efêmeros, mas depreciamos o que somos: efêmeros
Não somos belos
Não somos eternos
Somos filhos da terra
E para a terra voltaremos: duramos um pouco mais que uma mosca
...........
Talvez, por isso, gostamos tanto de comprar
Comprar é um ato efêmero
E como efemeridade
- praxe que se dispersa na eternidade -
tende a seguir o ciclo
E aos mestres entoar:
Todo que é sólido, se dissipa no ar
Dinheiro compra remédios, mas não compra Saúde
Dinheiro compra prazer, mas não compra Felicidade
Dinheiro compra o efêmero, mas não o que é da Eternidade
Dinheiro compra, adquire e até flutua
No câmbio, fluta
Mas será que nos intermédios diários
- os intercâmbios da vida -
os sentimentos compra?
.........
Compramos por comprar
Para satisfazer necessidades que são como nós: efêmeras
Somos efêmeros, mas depreciamos o que somos: efêmeros
Não somos belos
Não somos eternos
Somos filhos da terra
E para a terra voltaremos: duramos um pouco mais que uma mosca
...........
Talvez, por isso, gostamos tanto de comprar
Comprar é um ato efêmero
E como efemeridade
- praxe que se dispersa na eternidade -
tende a seguir o ciclo
E aos mestres entoar:
Todo que é sólido, se dissipa no ar
quinta-feira, 12 de julho de 2018
Inglaterra versus França: III Guerra Mundial
A tão sonhada final da Copa não aconteceu na vida real. Mas papel aceita tudo e o futuro também.
Por isso, entenda este pequeno texto como um descompromissado exercício de futurologia.
E neste exercício futurológico, eliminemos sumariamente a Croácia, que para começar não tem nenhum título mundial. É hoje um time simpático e interessante. Sim, claro. Mas não é o país que criou o footbal. Por isso, xô Croácia. Xô! Nesta realidade paralela você foi eliminada.
E como tal, ocorre o conflito final, o pretexto derradeiro para a III Guerra Mundial, a tão sonhada final entre Inglaterra e França.
Tudo começou no Brexit. E, dessa forma, a situação não estava bem entre as duas nações, lembrando-se que é um exercício de futurologia, apesar da eliminação - por birra minha - da Croácia. Aqui, ela não existe.
Voltando a III Grande Guerra, dessa vez não motivada pela Alemanha, que caiu pela 3ª vez na Rússia - sim, emprestei a piada do Putin - mas pelo footbal.
Pensemos: o que seria mais pretexto para uma guerra mundial que uma final de Copa entre França e Inglaterra, lembrando que esses povos ficaram 100 ANOS EM GUERRA?
No final do supracitado conflito, os guerreiros nem sabiam porque estavam em guerra.
Perguntavam-se: por que estamos em guerra?
E respondiam: porque sempre estivemos.
Logo, por isso, essa final na ponta das baionetas seria magnífica.
Afinal, ingleses e franceses têm uma histórica relação bilateral sanguinária. São duras de matar.
Para começo de conversa, quase todos os grandes conflitos europeus envolveram diretamente essas duas nações e durante 500 anos a relação entre ambas era na base de espadas, catapultas e óleo fervente.
Voltando ao futuro e imaginando o cenário de caos, consultariam-se as árvores genealógicas e se descobriria que o goleiro da França teve o bisavô morto pelo tataravô do centro avante da Inglaterra.
Fora de campo, professores de história suscitariam os conflitos históricos:
- "Aqueles malditos Yankes trouxeram-nos grandes prejuízos na Guerra de libertação dos EUA!"
- "Aqueles franceses bundões colocaram nossos irmãos em campos de intervenção quando Hitler invadiu Paris!"
Gritos de ódio incendiariam Paris e Londres.
Nacionalistas queimariam a bandeira do inimigo em praça pública.
Franceses fariam isso cantando La Marseillaise e tomando um bom vinho da terra. Prontos para o embate.
Ingleses ficariam bêbados e destruiriam Londres antes do embate final.
E todo ódio do mundo entraria concentrado em campo.
É sangue. É ódio. É a III Guerra Mundial.
Um ódio milenar e sem igual, desde a época dos povos bárbaros, em que prevalecia a lei do mais forte - aquele que mais mata. "VIVA, ÁTILA HUNO!"
E é essa final de Copa do Mundo que quero ver.
Com muito sangue nas travas das chuteiras, hooligans e baionetas!!!
Por isso, entenda este pequeno texto como um descompromissado exercício de futurologia.
E neste exercício futurológico, eliminemos sumariamente a Croácia, que para começar não tem nenhum título mundial. É hoje um time simpático e interessante. Sim, claro. Mas não é o país que criou o footbal. Por isso, xô Croácia. Xô! Nesta realidade paralela você foi eliminada.
E como tal, ocorre o conflito final, o pretexto derradeiro para a III Guerra Mundial, a tão sonhada final entre Inglaterra e França.
Tudo começou no Brexit. E, dessa forma, a situação não estava bem entre as duas nações, lembrando-se que é um exercício de futurologia, apesar da eliminação - por birra minha - da Croácia. Aqui, ela não existe.
Voltando a III Grande Guerra, dessa vez não motivada pela Alemanha, que caiu pela 3ª vez na Rússia - sim, emprestei a piada do Putin - mas pelo footbal.
Pensemos: o que seria mais pretexto para uma guerra mundial que uma final de Copa entre França e Inglaterra, lembrando que esses povos ficaram 100 ANOS EM GUERRA?
No final do supracitado conflito, os guerreiros nem sabiam porque estavam em guerra.
Perguntavam-se: por que estamos em guerra?
E respondiam: porque sempre estivemos.
Logo, por isso, essa final na ponta das baionetas seria magnífica.
Afinal, ingleses e franceses têm uma histórica relação bilateral sanguinária. São duras de matar.
Para começo de conversa, quase todos os grandes conflitos europeus envolveram diretamente essas duas nações e durante 500 anos a relação entre ambas era na base de espadas, catapultas e óleo fervente.
Voltando ao futuro e imaginando o cenário de caos, consultariam-se as árvores genealógicas e se descobriria que o goleiro da França teve o bisavô morto pelo tataravô do centro avante da Inglaterra.
Fora de campo, professores de história suscitariam os conflitos históricos:
- "Aqueles malditos Yankes trouxeram-nos grandes prejuízos na Guerra de libertação dos EUA!"
- "Aqueles franceses bundões colocaram nossos irmãos em campos de intervenção quando Hitler invadiu Paris!"
Gritos de ódio incendiariam Paris e Londres.
Nacionalistas queimariam a bandeira do inimigo em praça pública.
Franceses fariam isso cantando La Marseillaise e tomando um bom vinho da terra. Prontos para o embate.
Ingleses ficariam bêbados e destruiriam Londres antes do embate final.
E todo ódio do mundo entraria concentrado em campo.
É sangue. É ódio. É a III Guerra Mundial.
Um ódio milenar e sem igual, desde a época dos povos bárbaros, em que prevalecia a lei do mais forte - aquele que mais mata. "VIVA, ÁTILA HUNO!"
E é essa final de Copa do Mundo que quero ver.
Com muito sangue nas travas das chuteiras, hooligans e baionetas!!!
quarta-feira, 4 de julho de 2018
Alô, Deus?
- Alô, Deus, tudo bem?
- Tudo bem, Fábio. Por que não conversou comigo ontem a noite?
- Nossa, Deus, já falamos sobre isso...
- Eu compreendo, mas você sabe que sou um Deus ciumento, está na Bíblia.
- Sim, está na Bíblia, mas os teólogos explicam que não devíamos levar tudo ao pé da letra. Principalmente os livros do Antigo Testamento.
- Sim, claro. Não faça isso. Ou no passado você poderia ter votado no Trump. Aquele cara não veio para o céu.
- Nossa, Deus, fazendo fofoca, hein? Que feio!
- É, Deus tem os seus defeitos também... Tem uns filhos que criei com muito amor, mas que são um pé no saco. Melhor mandar para o inferno.
- Pois é..
- Tem uns caras muito ruins da ideia mesmo, mas o senhor acha que não tem nenhuma responsabilidade nisso, já que os criou?
- Está afirmando, mortal, que erro nas minhas criações?
- Não SENHOR! Eu queria dizer que, que, que...
- Hahahahaha
- Ah! Deus!
- Rapaz, você acabou de me dar uma bela explicação que não deve ler os livros do Antigo Testamento ao pé da letra e basta eu falar grosso um pouquinho que você quase se borra todo? Estou vendo daqui. Hahahaha
- Pois é, Deus, você me pegou. Hahahaha
- Peguei mesmo.
- Então, Deus, é que estou meio ocupado...
- Está muito ocupado para Deus?
- Deus, o senhor não acha que é muito demodê ficar usando essas frases clichês que os religiosos chatos ficavam distribuindo nas portas das igrejas?
- Eu acho, mas sou um senhor de idade, tenho alguns trilhões de anos, lembra?
- Verdade. Desculpe-me, não quis parecer ingrato ou presunçoso.
- Tudo bem, você é assim, mas eu o perdoo. Sempre perdoo.
- Muito obrigado. Sinto-me mais leve. E vou tentar refazer a pergunta, posso?
- Claro, sempre tentando, isso que é importa.
- Senhor, Deus, a sua ligação teve uma finalidade específica? O Senhor quer precisar de mim para alguma coisa?
- Não, não. Só queria conversar com você. Ouvir a sua voz. Você é meu filho e eu te amo.
- Nossa..
- O que foi?
- Desculpe-me, pensei algo que senti que foi desrespeitoso...
- Não tem problema.
- Ah! Se o Senhor soubesse o que pensei...
- Ah! Meu filho, eu sei algumas coisas. E algumas delas são relacionadas aos seus pensamentos.
- Nossa, então o Senhor sabe o que eu pensei?
- Claro, sou onisciente, lembra?
- Nossa, isso quer dizer que estou frito?
- Hahahaha. Não por isso rapaz. Não fritei nem aquele povo do Vale do Silício que falava que era bonzinho, mas usava mão de obra infantil escrava na China, e vou fritar justo você? Não...
- Nossa, mas foi justamente graças ao Vale do Silício que estamos conversando.
- Claro, claro. Mas os fins não justificam os meios, lembra?
- Claro!
- Justamente, por isso, permiti que o CEO da Orange descobrisse um jeito de vocês falassem comigo.
- Nossa, o que ele tem de especial?
- Tem um bom coração. Por conseguinte, tem uma empresa super responsável e comprometida com o bem estar social e com o meio ambiente. A Terra está melhor com ele e quando ele falecer, vou trazê-lo para junto de mim.
- Falando em fruta, empresa... E o CEO daquela outra empresa gigantesca do século passado com nome de fruta?
- Aquele que as pessoas idolatravam e que criou meios incríveis de vocês conversarem entre vocês?
- Isso, isso...
- Pois é, rapaz, esse não está muito bem não...
- Por quê?
- Ah! Ele foi um daqueles que mais usou mão de obra infantil chinesa para fabricar os celulares...
- Que pena.
- Uma pena mesmo. Criei-o tão belo e tão dotado de inteligência, mas usou isso para seu ego. Uma pena mesmo.
- Então, Deus, preciso trabalhar..
- Tudo bem. Se eu os amaldiçoei com o trabalho, essa desculpa eu aceito.
- Ah, propósito, poderia ligar para meu chefe e dizer que estou doente?
- Você está doente?
- Não.
- Eu sou Deus, não minto.
- Tudo bem...
- A propósito, conclua aquele pensamento que eu ouvi e que te deixou desconcertado.
- Nossa, Deus, posso mesmo? É que tenho que trabalhar.
- Tudo bem, parei o tempo para nós dois. Desembucha!
- Ai, sério? Estou com vergonha.
- Não tem porque ter vergonha, eu sei quem você é e se você pensa desse jeito é porque tem uma finalidade. Lembre-se, eu te criei assim.
- Posso mesmo?
- Pode.
- Deus, o Senhor não está, digamos, banalizando um pouco a sua presença entre nós? Antes era tão difícil conversar com o Senhor e com a sua legião angelical...
- Facilitar não é banalizar...
- Sim, claro. Mas é que não compreendo porque o Senhor não fez assim desde o começo.
- Você e o resto da humanidade.
- Então posso perguntar?
- Pode!
- Por que o Senhor não fez assim desde o começo?
- E qual seria a graça?
- Nossa, não entendi.
- Vou desenhar... Na Bíblia, consta que todas as vezes que agi na Terra depois do nascimento de Adão, foi por intermédio dele ou de Adão. Sabia disso?
- Nossa, não sabia.
- Interessante, não?
- Sim, muito, claro!
- Pois bem, estava esperando que um de vocês criasse um jeito de me comunicar com vocês do mesmo jeito que fazia com a Adão.
- Entendi, então o Senhor quis depender de nós, é isso?
- Isso, como sempre.
- Nossa, e facilitou bastante.
- Achou mesmo?
- Sim, claro. Antes era muito complicado com todos aqueles símbolos e aquele monte de intermediários falando em nome do Senhor. Muito confuso.
- Eu sei, por isso sempre soube que teria que facilitar as coisas.
- E porque foi há pouco tempo, recentemente?
- Tudo tem sua hora.
- Tudo bem, Fábio. Por que não conversou comigo ontem a noite?
- Nossa, Deus, já falamos sobre isso...
- Eu compreendo, mas você sabe que sou um Deus ciumento, está na Bíblia.
- Sim, está na Bíblia, mas os teólogos explicam que não devíamos levar tudo ao pé da letra. Principalmente os livros do Antigo Testamento.
- Sim, claro. Não faça isso. Ou no passado você poderia ter votado no Trump. Aquele cara não veio para o céu.
- Nossa, Deus, fazendo fofoca, hein? Que feio!
- É, Deus tem os seus defeitos também... Tem uns filhos que criei com muito amor, mas que são um pé no saco. Melhor mandar para o inferno.
- Pois é..
- Tem uns caras muito ruins da ideia mesmo, mas o senhor acha que não tem nenhuma responsabilidade nisso, já que os criou?
- Está afirmando, mortal, que erro nas minhas criações?
- Não SENHOR! Eu queria dizer que, que, que...
- Hahahahaha
- Ah! Deus!
- Rapaz, você acabou de me dar uma bela explicação que não deve ler os livros do Antigo Testamento ao pé da letra e basta eu falar grosso um pouquinho que você quase se borra todo? Estou vendo daqui. Hahahaha
- Pois é, Deus, você me pegou. Hahahaha
- Peguei mesmo.
- Então, Deus, é que estou meio ocupado...
- Está muito ocupado para Deus?
- Deus, o senhor não acha que é muito demodê ficar usando essas frases clichês que os religiosos chatos ficavam distribuindo nas portas das igrejas?
- Eu acho, mas sou um senhor de idade, tenho alguns trilhões de anos, lembra?
- Verdade. Desculpe-me, não quis parecer ingrato ou presunçoso.
- Tudo bem, você é assim, mas eu o perdoo. Sempre perdoo.
- Muito obrigado. Sinto-me mais leve. E vou tentar refazer a pergunta, posso?
- Claro, sempre tentando, isso que é importa.
- Senhor, Deus, a sua ligação teve uma finalidade específica? O Senhor quer precisar de mim para alguma coisa?
- Não, não. Só queria conversar com você. Ouvir a sua voz. Você é meu filho e eu te amo.
- Nossa..
- O que foi?
- Desculpe-me, pensei algo que senti que foi desrespeitoso...
- Não tem problema.
- Ah! Se o Senhor soubesse o que pensei...
- Ah! Meu filho, eu sei algumas coisas. E algumas delas são relacionadas aos seus pensamentos.
- Nossa, então o Senhor sabe o que eu pensei?
- Claro, sou onisciente, lembra?
- Nossa, isso quer dizer que estou frito?
- Hahahaha. Não por isso rapaz. Não fritei nem aquele povo do Vale do Silício que falava que era bonzinho, mas usava mão de obra infantil escrava na China, e vou fritar justo você? Não...
- Nossa, mas foi justamente graças ao Vale do Silício que estamos conversando.
- Claro, claro. Mas os fins não justificam os meios, lembra?
- Claro!
- Justamente, por isso, permiti que o CEO da Orange descobrisse um jeito de vocês falassem comigo.
- Nossa, o que ele tem de especial?
- Tem um bom coração. Por conseguinte, tem uma empresa super responsável e comprometida com o bem estar social e com o meio ambiente. A Terra está melhor com ele e quando ele falecer, vou trazê-lo para junto de mim.
- Falando em fruta, empresa... E o CEO daquela outra empresa gigantesca do século passado com nome de fruta?
- Aquele que as pessoas idolatravam e que criou meios incríveis de vocês conversarem entre vocês?
- Isso, isso...
- Pois é, rapaz, esse não está muito bem não...
- Por quê?
- Ah! Ele foi um daqueles que mais usou mão de obra infantil chinesa para fabricar os celulares...
- Que pena.
- Uma pena mesmo. Criei-o tão belo e tão dotado de inteligência, mas usou isso para seu ego. Uma pena mesmo.
- Então, Deus, preciso trabalhar..
- Tudo bem. Se eu os amaldiçoei com o trabalho, essa desculpa eu aceito.
- Ah, propósito, poderia ligar para meu chefe e dizer que estou doente?
- Você está doente?
- Não.
- Eu sou Deus, não minto.
- Tudo bem...
- A propósito, conclua aquele pensamento que eu ouvi e que te deixou desconcertado.
- Nossa, Deus, posso mesmo? É que tenho que trabalhar.
- Tudo bem, parei o tempo para nós dois. Desembucha!
- Ai, sério? Estou com vergonha.
- Não tem porque ter vergonha, eu sei quem você é e se você pensa desse jeito é porque tem uma finalidade. Lembre-se, eu te criei assim.
- Posso mesmo?
- Pode.
- Deus, o Senhor não está, digamos, banalizando um pouco a sua presença entre nós? Antes era tão difícil conversar com o Senhor e com a sua legião angelical...
- Facilitar não é banalizar...
- Sim, claro. Mas é que não compreendo porque o Senhor não fez assim desde o começo.
- Você e o resto da humanidade.
- Então posso perguntar?
- Pode!
- Por que o Senhor não fez assim desde o começo?
- E qual seria a graça?
- Nossa, não entendi.
- Vou desenhar... Na Bíblia, consta que todas as vezes que agi na Terra depois do nascimento de Adão, foi por intermédio dele ou de Adão. Sabia disso?
- Nossa, não sabia.
- Interessante, não?
- Sim, muito, claro!
- Pois bem, estava esperando que um de vocês criasse um jeito de me comunicar com vocês do mesmo jeito que fazia com a Adão.
- Entendi, então o Senhor quis depender de nós, é isso?
- Isso, como sempre.
- Nossa, e facilitou bastante.
- Achou mesmo?
- Sim, claro. Antes era muito complicado com todos aqueles símbolos e aquele monte de intermediários falando em nome do Senhor. Muito confuso.
- Eu sei, por isso sempre soube que teria que facilitar as coisas.
- E porque foi há pouco tempo, recentemente?
- Tudo tem sua hora.
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