Ah! Que vontade de fazer nada
Ah! Que delícia é enrolar
Fazer é angustiante
Nada mais dá angústia do que ter o que fazer
Negar as regras, negar tudo
Isso sim me dá prazer
Mas até nisto:
Em negar o fazer
Ele ali está
Negar é Fazer
sábado, 20 de abril de 2013
sábado, 13 de abril de 2013
Numa fila
Fi-lo bem
Em filar da Filomena
O filete de fumo turvo
Da fila em que tão fulo fiquei
Daí um fulano infundado futrico criou
Do meu fino fumo falou
Sem feeling, finese ou finesa:
"Esse fumo fedido é dureza"
Com olhar furioso o fitei
E em frementes firulas bradei:
"Finda a vida e essa fumaça co'ela vai
Finda o féu de tua fala tão fugaz
Finda o verde floral enquanto é tempo
Finda o frio, finda a fome, finda o vento
Finda a França, a Romênia e a Finlândia
Finda o Universo em furiosa miscelânea
Finda o fim, pois a isto ele é fadado
E ao fim foi-se indo enquanto eu falo
O meu filado fumo esfumaçado
Com a fila foi-se indo sem fumá-lo!""
Em filar da Filomena
O filete de fumo turvo
Da fila em que tão fulo fiquei
Daí um fulano infundado futrico criou
Do meu fino fumo falou
Sem feeling, finese ou finesa:
"Esse fumo fedido é dureza"
Com olhar furioso o fitei
E em frementes firulas bradei:
"Finda a vida e essa fumaça co'ela vai
Finda o féu de tua fala tão fugaz
Finda o verde floral enquanto é tempo
Finda o frio, finda a fome, finda o vento
Finda a França, a Romênia e a Finlândia
Finda o Universo em furiosa miscelânea
Finda o fim, pois a isto ele é fadado
E ao fim foi-se indo enquanto eu falo
O meu filado fumo esfumaçado
Com a fila foi-se indo sem fumá-lo!""
quarta-feira, 27 de março de 2013
Circo é vida
Martelos que batem a lona
Que unem estacas
Que penetram o chão
Orvalho que roreja as flores
Que enamoram os ventos
A semear seus amores
Orvalho destilado da névoa
Qual suor dos trabalhadores
Qual chamas de cospe-fogo
Qual cuidado dos adestradores
Lona tão colorida e bela
Dentro há uma passarela
Picadeiro e atores
Sementes que se lançam à brisa
Que balbucia surpresas
Promete favores
Sementes são livres pelo ar
Qual inigualável equilibrista
Qual cambalhota dos palhaços
Qual magica em arroubo de vista
Ares trasladam sementes
Que sobrevivem ao tempo
Que conhecem descanso
Descanso merecem atores
Que alegram o público
Que se vão todos mansos
Sementes que encontram a trinca de estacas
Qual lona florescem em nova cidade
Qual trabalhadores a transportar o gérmen da arte
Assim é o circo e a vida destarte
sábado, 16 de março de 2013
O Mal do Bem
O bem lhe corrompe
O mal lhe molda
A humilhação e o transtorno
Dignificam a forma
O bem é mentiroso
Inimigo da reflexão
O mal é criterioso
Leva a interiorização
Viver é sofrer
E sofrer é viver
A beleza é a superação
A faca entranha em teu seio
É tua sina e sustentação
O mal lhe molda
A humilhação e o transtorno
Dignificam a forma
O bem é mentiroso
Inimigo da reflexão
O mal é criterioso
Leva a interiorização
Viver é sofrer
E sofrer é viver
A beleza é a superação
A faca entranha em teu seio
É tua sina e sustentação
segunda-feira, 11 de março de 2013
Canção da Despedida
Vá com Deus
Você que meu coração amarrou
Que com ferro feriu
Que com fogo marcou
Vá com Deus
Você que minha vida deixou
Que em meu mundo caiu
Que meu sono tirou
Vá com Deus
Você que nunca eu quis
Mesmo assim tanto quis
Só quis ser feliz
Vá com Deus
Você que minha roupa tirou
Que do meu lado dormiu
Que minha boca beijou
Vá com Deus
Você que minha vida mudou
Que meu vinho amargou
Que minha água sugou
Vá com Deus
Você que em si me desejou
Que meu soluçou tirou
Que meu ser transformou
Vá com Deus...
Você que meu coração amarrou
Que com ferro feriu
Que com fogo marcou
Vá com Deus
Você que minha vida deixou
Que em meu mundo caiu
Que meu sono tirou
Vá com Deus
Você que nunca eu quis
Mesmo assim tanto quis
Só quis ser feliz
Vá com Deus
Você que minha roupa tirou
Que do meu lado dormiu
Que minha boca beijou
Vá com Deus
Você que minha vida mudou
Que meu vinho amargou
Que minha água sugou
Vá com Deus
Você que em si me desejou
Que meu soluçou tirou
Que meu ser transformou
Vá com Deus...
sábado, 16 de fevereiro de 2013
Maldita!
Eu te amo, maldita!
seu amor eu clamo, ferina
seu choro reclamo, delicia
sua vida eu quero, bendita!
Me esqueça de vez, luddita
vá pro inferno, pudica
ah!suas veias, menina
suas lagrimas, desdita
Sua benção, severa
sua sina, de treva
sua vida, de luz
seu olhar me aterra
domingo, 10 de fevereiro de 2013
Acabou!
Meu amor se foi
ACABOU!
não importam as outras
elas não me rasgam o peito
brincando de: "eu vou morrer"
Ou seja, vou morrer
Mas qual o problema?
Se eu morrer, morri
E as dores que sofri...
brincarão de "eu morri" e me ressuscitarão
Enfim...
A vida é bela
fora as amarguras, a vida é bela
Fora a vida, tudo é belo
Fora o eixo
Que se dane o reio
Do dia a dia certeiro
ACABOU!
não importam as outras
elas não me rasgam o peito
brincando de: "eu vou morrer"
Ou seja, vou morrer
Mas qual o problema?
Se eu morrer, morri
E as dores que sofri...
brincarão de "eu morri" e me ressuscitarão
Enfim...
A vida é bela
fora as amarguras, a vida é bela
Fora a vida, tudo é belo
Fora o eixo
Que se dane o reio
Do dia a dia certeiro
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
Quem dera me ligasse
Quem dera me ligasse...
Que seu desejo fosse "eu"
Que seu coração se quebrantasse
Que as linhas se ligassem
Que seu pensamento fosse meu
Se soubesse de mim
Se ao menos me quisesse
Se porventura me esquecesse
Se estivesse afim...
Quem dera me ligasse...
Poria fim ao desalinho
Poria fim ao sofrimento
Poria fim ao meu lamento
Poria fim aos meus carinhos
Estaria em seus braços
Estaria nela ligado
Estaria ou todo magoado
Estaria ou todo em seu regaço
Quem dera me ligasse...
E a teimosia superasse
E a insegurança detivesse
E a mudez emudecesse
E alegria alto falasse
Ah! se a tristeza findasse
Ah! se as as coisas aquietassem
Ah! se nossos lábios encontrassem
Ah! se meu coração aquietasse
Quem dera me ligasse...
Que seu desejo fosse "eu"
Que seu coração se quebrantasse
Que as linhas se ligassem
Que seu pensamento fosse meu
Se soubesse de mim
Se ao menos me quisesse
Se porventura me esquecesse
Se estivesse afim...
Quem dera me ligasse...
Poria fim ao desalinho
Poria fim ao sofrimento
Poria fim ao meu lamento
Poria fim aos meus carinhos
Estaria em seus braços
Estaria nela ligado
Estaria ou todo magoado
Estaria ou todo em seu regaço
Quem dera me ligasse...
E a teimosia superasse
E a insegurança detivesse
E a mudez emudecesse
E alegria alto falasse
Ah! se a tristeza findasse
Ah! se as as coisas aquietassem
Ah! se nossos lábios encontrassem
Ah! se meu coração aquietasse
Quem dera me ligasse...
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