Sinta o uivo da noite
Sinta o tilintar das correntes
Sinta o voo dos morcegos
O medo domina sua mente
Sinta que a vida se esvai
Sinta que nada importa
Sinta que o tempo para
Um espírito lhe aborda pelas costas
Ouça a risada macabra
Ouça o mal se alastrar
Ouça quem lhe afaga
Dar as costas e lhe abandonar
Veja que nada lhe importa
Veja a vida se entorna
Veja que a tristeza é pura
Visceral e selvagem lamúria
Entenda que a vida é breve
Entenda que a morte é eterna
Entenda que nada importa
Algo lhe cutuca as pernas
Repita que aqui jaz um morto vivo
Repita que logo vem o suplício
Repita e clame pelas respostas
Mas enlouqueça e se perca no vício
Perceba que o clima está carregado
Perceba que ninguém está ao seu lado
Perceba que não há esperança
A sombra é viva em abundância
A sombra abunda (sua) imaginação
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