Ouça o céu
Veja o azedo
Crie o
existente
Durante a tarde
enluarada
Ria com dor
de dente
Sambe com as
mãos
Afine a
viola com a língua
Aprume o fio
da navalha com a retina
Nade ao
sabor do vento
Afogue-se
com oxigênio
Finde com o
primeiro pensamento
Tudo que é
nada fez-se em movimento
Agite o suco
com o travesseiro
Durma com o
liquidificador
Enterneça-se
assistindo Rambo
Enraiveça-se
com o seu filho nos braços
Negue-se a
existir
Exista em
negar-se
Proste-se
diante dos homens
Enfrente a Deus
Tudo em um
balde de vinho
Tudo isso em
vão
Tudo que existe um dia para
Para como o teu coração
Tum dum
Tum dum
Tum dum
Tum dum
Tum dum
Tum dum
Tuuuuuuuuuuuuuuuum...
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