terça-feira, 31 de janeiro de 2023

O que é arte?

 Arte é o que te emociona, oras!

Qual a sua arte... seu arteiro?

Sua arte é plantar bananeira fumando cachimbo em um barquinho num rio caudaloso rumo ao abismo?

Não faça arte!

Mas faça arte, mesmo se for permitida para maiores de dezoito anos

Há apenas que se salientar que há canais disponíveis em sites diversos na internet apropriados para isso

É um assunto controverso e caloso

Caloroso

As pessoas ficam com calor...

Arte é o que te dá calor

Te dá tesão, fome vontade de comer

De morder de matar de morrer

Arte é sofrer

Todo artista é sofredor

Menos Salvador Dali

Aquele capitalista safado

Mentirinha, não sou anarquista

Sou apenas um artista

Mentira

Não sou artista

Sou jornalista

Emburrecido

Em vale de lágrimas

E por isso que aqui tem tanto artista

Muita gente cheia de ódio, de culpa, de sangue nos olhos e nas mãos

Isso dá arte de montão...

Tem Guernica...

Tem Resgate do Soldado Ryan...

Tem Marighella

Tudo isso deixa a gente matusquela

É arte, mas é arte que o fim como um fim

De trazer o fim

A dor

A realidade

Do planeta Guerra, do Planeta Marte

Assim é a Terra, terra de ninguém

Terra de arte

De massacre

De dor

De matar e morrer

De sofrer de montão

De se criar um poema

Que exalta o que se é

Humanamente possível

O impossível

É não se derreter

Derreta-se

Arte é derreter-se

É entreter-se

Enternecer-se

Compreender o subjetivo

Com um grande prazer para o sentidos

Para a boca

Para os olhos

Para os ouvidos

Viva, sinta, pressinta

Intua

Viva e morra

Arte é morrer

É começomeioefim

É o fim

FIM




sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

Eu gosto de palavras

Eu gosto de palavras

Palavras têm força

Palavras têm personalidade

Palavras têm Poder

Duvida?

Pense em uma palavra: Cristo!

Sim, pense na palavra, Cristo

O que vem em sua mente?

Vem o próprio Deus, o Cristo

Agora, pense na palavra, Deus.

E Deus existe?

Se Deus existe ou inexiste, sempre existirá

Seja no sermão da missa

Ou em assunto de mesa de bar

Porque a palavra Deus existe e sempre existirá

Mas você nem sempre existirá

Mas a palavra que é você sim

Então você sempre existirá

Depende

Se o Português deixar de existir assim como o é

E assim o será

Você não mais existirá

Sua palavra diz quem é você

Seus pais, seus amigos, seus colegas de trabalho

A rede social

E até o Estado

Sabem que você existe, graças ao seu nome

Mas se não sei o seu nome

Você não existe

Para mim, você não existe

Você inexiste

Plim

Viu?

As palavras têm poder

Determinei que você não existe

E obedeceu

Porque tudo são ideias

As compreensões são ideias

Um cientista conhece uma barata melhor que você

Porque ele tem mais palavras para descrever a barata

Você apenas só tem um barato

Quando a barata voa

UMA BARATA!

Viu?

A palavra tem poder

Você até agora viu uma barata voando perto de você

A propósito... a barata pousou no seu no seu pé agora




sexta-feira, 11 de novembro de 2022

Extinção pós-noaquita

É um absurdo

Um grande despropósito

Uma efêmera percepção

Matar morcegos com

Paulada

Chicotada

E porrada, oras, na mão!


Tirar leões de seus ninhos

As águias dos descaminhos

Os lobos de suas colmeias


A arca de Nóe

Nunca esteve tão lotada

Com essa bicharada


Mas vai esvaziando

Por que os mais fortes

Dos mais fracos

Vão se alimentando


Oh! Noé

Das péssimas ideias

Lembrou

De fazer a arca

O banheiro

E até a proa

E até a prancha


Mas era velho

Idoso

Não lembrava de nada


Então não criou

Jaula arregimentada

Nem nada


Daí é a selva

A selva se repetiu no barco

E como uma tarde no Albergue

A Lei do mais forte se manteve


Com isso, mais de 95,75% dos animais foram extintos

E estamos contribuindo com o velho Noé

Destruindo, aniquliando, trucidando

Os animais que restaram


Vão virar adubo,

Comida de fungo e de planta

Vão preencher as vistas

Das pradarias

Das savanas

E das matas


Mas agora a moda é outra


Com a extinção provocada

Morreu tudo a bicharada

Virou comida de minhoca


Enquanto lia essa poesia,

Morria mais uma cotovia

Cortou a árvore

Cadê?

Agora é terreno fértil

Da rodovia


Agora não gostamos mais de bichos

Nem de gente

Nem carros

Apenas de Marte

Porque lá vamos morar

Mas antes vamos ficar mais um tempinho na Terra

Que é para destruir tudo antes de zarpamos

Em direção às novas Índias Marciais


Sejamos otimistas, Marte nos espera!


poesia extinção


terça-feira, 8 de novembro de 2022

Humana Sinceridade

Fibromialgia

Azia

Dor estomacal

Infecção renal

E tudo de bom para você


Um péssimo natal

Catastrófico ano novo

Animada festa de Finados

Um carnaval chuvoso

Ah! Tudo legal com você?


Alergia

Rinite

Artrite

Cirrose

Sinusite

Olha, de coração, amo você!


Fake news

Stalk

Perseguição

Destruição

Aniquilação

E uma vida longa para você!


Facada nas costas

Muita lorota

Desemprego

Despacho

Envenenamento

Ah! E a sua mãe, vai bem, querida?


Insônia

Traição

Inveja

Bipolaridade

Ah! Te adoro amiga.


Com muito amor e carinho, de quem sempre te desejou o bem!

Beijão!


Poema Poesia Hipocrisia


sábado, 5 de novembro de 2022

Todo homem deveria ter um chapéu

Ei trouxa, pegue o chapéu!

O chapéu te escolheu, pegue-o!

Chapéu confere-lhe garbo

Respeito e compostura

Coisa de gente grã-fina

A mais beleza pura


Ei homem, use chapéu!

Mas não aquele lá!

Ele não gosta de vosmecê

Não foi com sua mercê

Não atrairá bons afagos


Nem um bom emprego

Apenas cansaço

E um desatino

Entre desamaços

Com ideias subterfúgias


Pois, é pegue o chapéu

Não seja subreptíceo

Mas apenas propício

Com o olhar apura

E a pustura correta


- Olá, senhora!


E ela o elogiará entre abraços


Pegue o chapéu!

Porque ele te escolheu

Não importas se gostes, ou não.

Porque o chapéu é teu

Ele te esolheu


Chapéu não se escolhe

Por isso, use o chapéu

É ele quem escolhe

É ele quem alinha

É ele quem desenvolve o gosto

À suprema sapiência divina


Pegue o chapéu

Coloque-o na cabeça

É cinquenta reais

Ficou uma beleza


Leve a bengala, que foi de Sua Realeza.


chapéu poema poesia


Aqui jaz um poema

 Aqui jaz um poeta

Que se entretinha com a lua

Que brincava entre meninas

Que adorava a brandura


A brandura de um olhar doce

De um beijo quente

De um abraço terno

De um sol poente


Aqui jaz um poeta

Alguém sem esperança

Que faz apenas poesia

Porque seus males espanta


Que está cansado do azar

Às vezes, é saudoso do bar

Do boteco, do caneco

Da poesia proclamada ao luz do luar


Aqui jaz um poeta

Que jaz sem as Duas Igrejas

Que serena com a vida

Que se encanta com a cidreira


Com o cravo

Com a rosa

Com tudo o que se retira

Dessa vida que se mareja


Aqui jaz um poeta

Que dançava com ao luar

Que se divertia sorrindo

Que ao passado quer voltar


Tem saudade dos amigos

Dos tempos de antigamente

De ser amigo do rei

Na terra do Sol Nascente


Aqui jaz um poeta

Aqui jaz um poema

Que se achega ao fim

Que deixou seu dilema


Que se derrama no fim

Se escorre pelas mãos

De um corrimão

Que a escada leva ao fim


Aqui jaz um poema




sábado, 30 de julho de 2022

Uma reflexão inesperada..

Empreender é sobre criar e tomar decisões. É sobre explorar cenários, conhecer pessoas e lidar o tempo todo com o desconhecido.

É aventurar-se em um mundo de aprendizado, conectando-se com novas possibilidades, buscando modificar um pouquinho do mundo para melhor, a cada dia.

Empreender é suar, é sentir-se impotente e buscar o novo a cada dia.

É sobre aprender e desaprender sempre.

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Neste sentido, passo agora por um momento de crise. Não sei bem para aonde ir. Mas entendo que o contexto é de esperar e não de se exasperar.

É duro, mas é belo o aprendizado de quem realmente gosta de aprender todos os dias.

Desde que comecei a empreender, todo dia aprendi. Em outras palavras, fiquei todos os dias, a cada dia, um pouquinho mais inteligente.

E mais fica claro de que não "cheguei lá" e de que provavelmente não chegarei.

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Por que não se trata de chegar lá.

A grande missão, a única missão é o dia de hoje.

Ele é o presente. Ele me pertence. O presente é onde estou e onde estou tudo percebo.

Em outras palavras, o presente sou eu e eu sou o grande presente.

O que me aguarda o dia de hoje?

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quarta-feira, 6 de julho de 2022

Leia e fique irritado...

Não diga que não te avisei...

Leia e fique irritado

Fim.

Tá com soninho?

Você tem tudo

E tem depressão

Tem gado

Sapato

Engodo

Chapéu roto?

Não!

E até macarrão

Não, era até um carrão

Mas ficou macarrão

Por falta de verborrágica

Opção

Macarronicamente

Ou ironicamente

É necessário

Antever

Ou até ver

Que o seu carrão

Vai para o túmulo!

Mentira!!!

É mentirinha, amigo, calma

Seu carrão de última geração

Não vai para o túmulo

Carrões não vão para o túmulo, oras!

Eles são feitos para dançar nas pistas

Com o máximo conforto e performance

Air bag de última geração

Banco de couro

Câmbio Automático

E até IA

Inteligência Artificial

Logicamente,

Carrões não vão para o túmulo

Carrões vão para o ferro velho

Quem vai para o túmulo é você

Sim, é você, que tem um carrão

Hahahahahaha

Você já nasceu para ir para o túmulo

Se o seu carrão, vrum vrum, te leva mais rápido (!)

Enfim, não precisa...

Mas você vai

Com ou sem a singularidade hipotética do Musk

Ah! O cê vai bichão

O cê vai

E não vou deixar uma lição de moral salvadora não

O cê vai

Depois dessa eu nem ia durmir à noite

Vai que ela cai e o cê cai junto...




Fim

O que é certo é errado

Pensar é agir

E não pensar é não agir

Agir é pensar?

Ah! Então quem muito fala muito faz?

Faz!

Nada!

Dicotomicamente

Alegremente

Pega-se um microfone

Utiliza-se de um livro

De macabrísticas ritualísticas

Ao riso silábisábico alarábico

do Fogo maldito

Oh! Fogo da chama

Que consome a cama

Poesia cruel

Que se destrói em si

Que em cerveja se derrama

Pura lama

De Guarapari

É um som safado

Rompante

Inescuso

Quase bilaquiano

Por exceção das métricas

Daquela mélquidas

E ressequidas ideias

Malversações malignas

Do ditocujo

Que se lambuza no pecado

E seu peito inflama

Oh! Selvageria cruel

De um texto sem sentido

Qual leão na savana

A despedaçar sua presa em riste

Com um sorriso maligno

Daquele que se diverte com sangue ressequido

É um mel que insana

Nossas mentes perversas

Nossas almas inertes

Se levam em si

Se esquecem de si

Da vida

Aqui jaz uma poesia

Não, um poema

Aqui jaz um poeta

Aqui jaz a vida de um escritor

Mal escritor

Quem nem era autor

Aquele a quem o mercado, o Deus, Mercator

Nunca pagou

Fim para muitos

O início do fim

É a serviço do repente

Assim tão de repente

Enfim, chegou-se ao fim