quarta-feira, 6 de julho de 2022

Fim

O que é certo é errado

Pensar é agir

E não pensar é não agir

Agir é pensar?

Ah! Então quem muito fala muito faz?

Faz!

Nada!

Dicotomicamente

Alegremente

Pega-se um microfone

Utiliza-se de um livro

De macabrísticas ritualísticas

Ao riso silábisábico alarábico

do Fogo maldito

Oh! Fogo da chama

Que consome a cama

Poesia cruel

Que se destrói em si

Que em cerveja se derrama

Pura lama

De Guarapari

É um som safado

Rompante

Inescuso

Quase bilaquiano

Por exceção das métricas

Daquela mélquidas

E ressequidas ideias

Malversações malignas

Do ditocujo

Que se lambuza no pecado

E seu peito inflama

Oh! Selvageria cruel

De um texto sem sentido

Qual leão na savana

A despedaçar sua presa em riste

Com um sorriso maligno

Daquele que se diverte com sangue ressequido

É um mel que insana

Nossas mentes perversas

Nossas almas inertes

Se levam em si

Se esquecem de si

Da vida

Aqui jaz uma poesia

Não, um poema

Aqui jaz um poeta

Aqui jaz a vida de um escritor

Mal escritor

Quem nem era autor

Aquele a quem o mercado, o Deus, Mercator

Nunca pagou

Fim para muitos

O início do fim

É a serviço do repente

Assim tão de repente

Enfim, chegou-se ao fim




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