Aqui jaz um poeta
Que se entretinha com a lua
Que brincava entre meninas
Que adorava a brandura
A brandura de um olhar doce
De um beijo quente
De um abraço terno
De um sol poente
Aqui jaz um poeta
Alguém sem esperança
Que faz apenas poesia
Porque seus males espanta
Que está cansado do azar
Às vezes, é saudoso do bar
Do boteco, do caneco
Da poesia proclamada ao luz do luar
Aqui jaz um poeta
Que jaz sem as Duas Igrejas
Que serena com a vida
Que se encanta com a cidreira
Com o cravo
Com a rosa
Com tudo o que se retira
Dessa vida que se mareja
Aqui jaz um poeta
Que dançava com ao luar
Que se divertia sorrindo
Que ao passado quer voltar
Tem saudade dos amigos
Dos tempos de antigamente
De ser amigo do rei
Na terra do Sol Nascente
Aqui jaz um poeta
Aqui jaz um poema
Que se achega ao fim
Que deixou seu dilema
Que se derrama no fim
Se escorre pelas mãos
De um corrimão
Que a escada leva ao fim
Aqui jaz um poema
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