sábado, 5 de novembro de 2022

Aqui jaz um poema

 Aqui jaz um poeta

Que se entretinha com a lua

Que brincava entre meninas

Que adorava a brandura


A brandura de um olhar doce

De um beijo quente

De um abraço terno

De um sol poente


Aqui jaz um poeta

Alguém sem esperança

Que faz apenas poesia

Porque seus males espanta


Que está cansado do azar

Às vezes, é saudoso do bar

Do boteco, do caneco

Da poesia proclamada ao luz do luar


Aqui jaz um poeta

Que jaz sem as Duas Igrejas

Que serena com a vida

Que se encanta com a cidreira


Com o cravo

Com a rosa

Com tudo o que se retira

Dessa vida que se mareja


Aqui jaz um poeta

Que dançava com ao luar

Que se divertia sorrindo

Que ao passado quer voltar


Tem saudade dos amigos

Dos tempos de antigamente

De ser amigo do rei

Na terra do Sol Nascente


Aqui jaz um poeta

Aqui jaz um poema

Que se achega ao fim

Que deixou seu dilema


Que se derrama no fim

Se escorre pelas mãos

De um corrimão

Que a escada leva ao fim


Aqui jaz um poema




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