A mulher de minha vida
Nunca existiu
Apenas pesos e lágrimas
De uma prisão
Um covil
Quem eu amo
Nunca me amou
Nunca se me ligou
Nunca se me abriu
Nunca se me ligou
É como se fora o purgatório
É a verdadeira dor eterna
É a verdadeira solidão
Estou fadado a sofrer
Estou fadado a solidão
Meu Deus, como sou miserável
domingo, 15 de outubro de 2017
quarta-feira, 11 de outubro de 2017
Balada
Banho. Toalha. Calcinha. Espelho. Sutien. Vestido Vermelho. Batom Vermelho.
Perfume. Carro. Fila. Música. Som. Caipirinha. Abraços. Danças. Abraços. Danças. Mais caipirinha. Menos maquiagem. Halls. Beijo.
Beijos. Amassos. Vodka. Tequila. Mais amassos. Mãos bobas. Caipirinha. Amassos. Carro. Casa. Transa.
Corpo. Seio. Cabelo. Cabelo. Sutien. Calcinha. Mão boba. Delícia. Língua. Sexo. Seio. Abraço.
Orgasmo. Cansaço. Sono. Dormir. Café da manhã. Transa. Mãos. Transa. Almoço. Tchau.
Perfume. Carro. Fila. Música. Som. Caipirinha. Abraços. Danças. Abraços. Danças. Mais caipirinha. Menos maquiagem. Halls. Beijo.
Beijos. Amassos. Vodka. Tequila. Mais amassos. Mãos bobas. Caipirinha. Amassos. Carro. Casa. Transa.
Corpo. Seio. Cabelo. Cabelo. Sutien. Calcinha. Mão boba. Delícia. Língua. Sexo. Seio. Abraço.
Orgasmo. Cansaço. Sono. Dormir. Café da manhã. Transa. Mãos. Transa. Almoço. Tchau.
terça-feira, 10 de outubro de 2017
José
E agora, José?
O fogo apagou
A água parou
O gás acabou
A comida esfriou
e agora, José?
e agora, José?
você que está com fome
que ronca o estômago
você que faz pratos
que come, e detesta?
e agora, José?
A água parou
O gás acabou
A comida esfriou
e agora, José?
e agora, José?
você que está com fome
que ronca o estômago
você que faz pratos
que come, e detesta?
e agora, José?
Está sem a janta
está sem sorriso
está sem um garfo,
já não pode comer,
já não pode beber,
um bife já não pode
o arroz esfriou
o miojo não veio
cup noodles não veio
a pizza não veio
não veio o marmitex
e a comida acabou
e a comida fugiu
e a comida mofou
e agora, José?
está sem sorriso
está sem um garfo,
já não pode comer,
já não pode beber,
um bife já não pode
o arroz esfriou
o miojo não veio
cup noodles não veio
a pizza não veio
não veio o marmitex
e a comida acabou
e a comida fugiu
e a comida mofou
e agora, José?
E agora, José?
Sua doce goiabada
seu insopado de lebre
sua gula e jejum
seu livro de receitas
seus talheres de ouro
seu copo de vidro
sua indigestão
sua gula - e agora?
Sua doce goiabada
seu insopado de lebre
sua gula e jejum
seu livro de receitas
seus talheres de ouro
seu copo de vidro
sua indigestão
sua gula - e agora?
Com a chave na mão
quer trocar o gás
não existe a rosca
quer morrer no gás
mas o gás acabou
quer ir para Minas
Lá o fogão é de lenha
José, e agora?
quer trocar o gás
não existe a rosca
quer morrer no gás
mas o gás acabou
quer ir para Minas
Lá o fogão é de lenha
José, e agora?
Se você comesse,
Se você bebesse,
Se você refogasse
A carne flambasse
Se você se deleitasse
Se você se empanturrasse
Se você se fartasse
Mas você não come,
você está duro, José!
Se você bebesse,
Se você refogasse
A carne flambasse
Se você se deleitasse
Se você se empanturrasse
Se você se fartasse
Mas você não come,
você está duro, José!
Com fome, no escuro
qual cão sem osso
sem esperança
com chama nua
para acender
deixa o gás
que uma explosão cause
você dissipa, José!
José, se foi. Para onde?
qual cão sem osso
sem esperança
com chama nua
para acender
deixa o gás
que uma explosão cause
você dissipa, José!
José, se foi. Para onde?
Primaveril
Chegou a primavera
Com ela, o Sol e os sorrisos
E a praia
E a praia
E o Sol
E as belas mulheres
E as belas mulheres
Te amo. É primavera
E os sorvetes
E as frutas
E as frutas
Trago esta rosa, para lidar
E o Sol
O Sol escaldante
Mosquitos
A DENGUE!
As chuvas
ENCHENTE
E as flores e os ipês!
ATCHIM, ALERGIA!
ALEGRIA!
ALEGRIA?
Mormaço, suor e odores.
Primavera
Verão
INFERNO
Primavera...
O céu brilha mais cedo
E tem horário de verão
INFERNO
Deus criou o inverno
E o diabo criou o verão, uma amostra do inferno
É quente
É para se lembrar para onde você vai se comete pecados
É para isso que a primavera e o verão foram criados
E borboletas
E lagartas
E lacraias, escorpiões e baratas
Mas chegou a primavera..
Ah! Que linda!
A primavera.
Mal posso esperar as Águas de Março para encerrar essa marofa da primavera
Que linda essa primavera. Tão primaveril.
Pena que não se compra em farmácia.
Já pensou? Tome um Primaveril e a primavera sumiu.
sexta-feira, 8 de setembro de 2017
Rodoviária
Lugar feio
Com gente esquisita
Tão preto e branco
Mas mas tão colorida
É um entra pra cá
Um sai para lá
Gente com pressa
E gente que demora
Em um beijo
De despedida
É o telefone que toca
A menina bonita da loja de conveniências
Um monte de lojas
Um monte ônibus
Um monte de gente esquisita
Um monte de cachorros
Um monte de pulgas
Um monte de resquícios de aromas variados
Não indicados para um jantar de pedido de casamento
É o caos
É a andança
É a mudança
Mala que vai
Mala que vem
Vida que vai
Vida que vem
Vida que se vai
Vida que se vem
É a correria
É o ônibus
A pressa
A sede para chegar no ponto
A sede para chegar na hora
É o cobrador
É sem desconto
É o troco que não vem
É a fila que cresce
É um sobe de desce
É com elevador
E sem eleavdor
Mas tem escada
Só não tem quando muito pequena
É sempre pixada
É sempre mal conservada
É o banheiro fétido
Mal conservado
Como o teto
É vida que vai
É vida que vem
É vida que se esvai
É vida que não vem
As vezes passamos por ela várias vezes
Em nossa cidade
Em cidades que muito visitamos
Às vezes simplesmente paramos
E o ônibus se vai
Para nunca mais voltar
É um ponto de encontros
É um ponto de mudanças
De riscos
De reviravoltas
De trânsito
De algo que vai e que não volta
É a vida que se esvai
Vida que se foi
Vida que não volta
É o ônibus que se foi
Com gente esquisita
Tão preto e branco
Mas mas tão colorida
É um entra pra cá
Um sai para lá
Gente com pressa
E gente que demora
Em um beijo
De despedida
É o telefone que toca
A menina bonita da loja de conveniências
Um monte de lojas
Um monte ônibus
Um monte de gente esquisita
Um monte de cachorros
Um monte de pulgas
Um monte de resquícios de aromas variados
Não indicados para um jantar de pedido de casamento
É o caos
É a andança
É a mudança
Mala que vai
Mala que vem
Vida que vai
Vida que vem
Vida que se vai
Vida que se vem
É a correria
É o ônibus
A pressa
A sede para chegar no ponto
A sede para chegar na hora
É o cobrador
É sem desconto
É o troco que não vem
É a fila que cresce
É um sobe de desce
É com elevador
E sem eleavdor
Mas tem escada
Só não tem quando muito pequena
É sempre pixada
É sempre mal conservada
É o banheiro fétido
Mal conservado
Como o teto
É vida que vai
É vida que vem
É vida que se esvai
É vida que não vem
As vezes passamos por ela várias vezes
Em nossa cidade
Em cidades que muito visitamos
Às vezes simplesmente paramos
E o ônibus se vai
Para nunca mais voltar
É um ponto de encontros
É um ponto de mudanças
De riscos
De reviravoltas
De trânsito
De algo que vai e que não volta
É a vida que se esvai
Vida que se foi
Vida que não volta
É o ônibus que se foi
terça-feira, 5 de setembro de 2017
Receita Musical
Raça Negra quando se leva um fora
O Teatro Mágico para desabafar com alegria
Vanessa da Mata para viajar na mente
Zeca Pagodinho para beber o churrasco
Zeca Baleiro para um show de rock batuqueiro
Sara Bareilles porque é bonitinho...
Muddy Waters para transar gostoso
Ella Fitizgerald para pensar
Tom Waits para pensar mais um pouco
John Willians para conversar com os nerds
Mariza Monte para sorrir
Paulinho da Viola para navegar
Novos Baianos para aprender rock com samba
Guns'n Roses para fingir que entende de rock
Nirvana, bem..., para fingir mal
Beth Carvalho para pular cantar dançar sambando
Jair Rodrigues para criar o rap no Brasil
E o Dicró... hahahaha... deixa para lá
Almir Guineto para o Zeca Cantar
Os Originais... Do Samba... para contar história
E os Demônios também
Robert Johnson para os cães alimentar
Etta James para sentir saudades dos tempos dos meus avós
Antonie Duffour para sentir inveja
Iron Maiden para conversar com a galera do Metal
Queen... Queen é para cantar olhando para o céu
Com Hendrix para se brincar de queimar guitarras
E o Russo só para fingir que gosta de rock nacional
Mas daí tem o Barão e os Paralamas para salvar
Led Zeppelin para assumir que realmente é do rock
System of Down e Rage Against para a raiva aumentar
Junto com o Rappa para a raiva justificar
Los Hermanos para bancar o descolado
Móveis Colonais de ARACAJU para ser muito mais
E Rogério Skylab para fingir que tem bom gosto musical
Kid Abelha para pensar no tempo
Emerson Nogueira para curtir um som na medida certa
Lady Gaga para lembrar dos seus melhores amigos
Creed para no mosh entrar
Muse para entrar numa treta medieval
AC/DC para se cantar como Bon Scott
Whitin Temptation para viajar na vocalista
Audioslave para pular para cima
Bruno Mars para voar com estilo
Buddy para ter certeza que os bons ainda não morreram
Chico Buarque... Ah! Para um cabernet acompanhar...
Diogo Nogueira para ouvir o João
Djavan para não entender nada e achar o máximo
Elvis Presley para aprender sobre rock depois dos 30
Norah Jones para a paz acalentar
Enya para sua alma sossegar
Bee Gees para lembrar dos tempos dos seus pais
Howlin´Wolf para transar como Muddy
Maria Gadú para querer pegar Lily Braun
Incubus para um som agitar
Ivete... Muito bom para sempre se ouvir
Jason Mraz para se ouvir (quando) se lembra
Art Popular para quando Raça Negra não resolver
Johnny Cash para pensar "que foda!"
Pink Floyd é indispensável
Lenine para ficar (muito) de boa
Little Walter para lembrar dos mestres
Mariah Carey para pensar "cantar assim é possível?"
Megadeth para realmente curtir uma banda de Metal
Michael Jackson... O Michael é foda!
E Beattles...Daí não precisa explicar ;)
Simon e Garfunkel para na sua infância adentrar
O Teatro Mágico para desabafar com alegria
Vanessa da Mata para viajar na mente
Zeca Pagodinho para beber o churrasco
Zeca Baleiro para um show de rock batuqueiro
Sara Bareilles porque é bonitinho...
Muddy Waters para transar gostoso
Ella Fitizgerald para pensar
Tom Waits para pensar mais um pouco
John Willians para conversar com os nerds
Mariza Monte para sorrir
Paulinho da Viola para navegar
Novos Baianos para aprender rock com samba
Guns'n Roses para fingir que entende de rock
Nirvana, bem..., para fingir mal
Beth Carvalho para pular cantar dançar sambando
Jair Rodrigues para criar o rap no Brasil
E o Dicró... hahahaha... deixa para lá
Almir Guineto para o Zeca Cantar
Os Originais... Do Samba... para contar história
E os Demônios também
Robert Johnson para os cães alimentar
Etta James para sentir saudades dos tempos dos meus avós
Antonie Duffour para sentir inveja
Iron Maiden para conversar com a galera do Metal
Queen... Queen é para cantar olhando para o céu
Com Hendrix para se brincar de queimar guitarras
E o Russo só para fingir que gosta de rock nacional
Mas daí tem o Barão e os Paralamas para salvar
Led Zeppelin para assumir que realmente é do rock
System of Down e Rage Against para a raiva aumentar
Junto com o Rappa para a raiva justificar
Los Hermanos para bancar o descolado
Móveis Colonais de ARACAJU para ser muito mais
E Rogério Skylab para fingir que tem bom gosto musical
Kid Abelha para pensar no tempo
Emerson Nogueira para curtir um som na medida certa
Lady Gaga para lembrar dos seus melhores amigos
Creed para no mosh entrar
Muse para entrar numa treta medieval
AC/DC para se cantar como Bon Scott
Whitin Temptation para viajar na vocalista
Audioslave para pular para cima
Bruno Mars para voar com estilo
Buddy para ter certeza que os bons ainda não morreram
Chico Buarque... Ah! Para um cabernet acompanhar...
Diogo Nogueira para ouvir o João
Djavan para não entender nada e achar o máximo
Elvis Presley para aprender sobre rock depois dos 30
Norah Jones para a paz acalentar
Enya para sua alma sossegar
Bee Gees para lembrar dos tempos dos seus pais
Howlin´Wolf para transar como Muddy
Maria Gadú para querer pegar Lily Braun
Incubus para um som agitar
Ivete... Muito bom para sempre se ouvir
Jason Mraz para se ouvir (quando) se lembra
Art Popular para quando Raça Negra não resolver
Johnny Cash para pensar "que foda!"
Pink Floyd é indispensável
Lenine para ficar (muito) de boa
Little Walter para lembrar dos mestres
Mariah Carey para pensar "cantar assim é possível?"
Megadeth para realmente curtir uma banda de Metal
Michael Jackson... O Michael é foda!
E Beattles...Daí não precisa explicar ;)
Simon e Garfunkel para na sua infância adentrar
segunda-feira, 4 de setembro de 2017
Um texto careta
Um texto careta é feio
É uma transmissão de ódio
É uma perda de tempo no universo
É algo que transmite
Mas não transmite
É sem sal
É sem sal e depois diz também que é sem açúcar
É o lugar, o "senso", comum
Mas que se merece censurar
Um texto careta é uniforme
Tão quadrado quanto a mente de quem lhe criou
É o vício preguiçoso de quem supostamente pensou que escreveu
E sim, escreveu, de fato
Preencheu o papel com tintas ou a tela com pixels
Pois isso é escrever
Mas não transmitiu
Falou, mas não disse
Não disse para que veio
Ninguém percebeu
Ninguém percebeu o careta que lhe concebeu
Ninguém aceitou...
Vou continuar assim porque este não é careta
Ou seria?
Bem... Se ninguém percebeu é porque a mensagem morreu
E o careta...
Ah! Melhor um cigarro careta que um texto.
Pelo menos o cigarro apaga o fogo de alguns
Com 15 mil substâncias caretamente descritas
Mas quem apaga um texto de um careta?
Ah! Melhor dar um cigarro para apagar o careta
Pena que apaga aos poucos
O texto, é claro...
Ah! Este texto não terá verso de ouro, nem conclusão
Ele não é careta.
Termina com um "Tchau"
Tchau!
Ah! E não fume porque o Ministério da Caretice disse que não pode
Ah! Esqueci de dizer que este texto não é recomendado para menores de 18 anos
Então não leia este texto se você for menor de 18 anos
Boa noite!
É uma transmissão de ódio
É uma perda de tempo no universo
É algo que transmite
Mas não transmite
É sem sal
É sem sal e depois diz também que é sem açúcar
É o lugar, o "senso", comum
Mas que se merece censurar
Um texto careta é uniforme
Tão quadrado quanto a mente de quem lhe criou
É o vício preguiçoso de quem supostamente pensou que escreveu
E sim, escreveu, de fato
Preencheu o papel com tintas ou a tela com pixels
Pois isso é escrever
Mas não transmitiu
Falou, mas não disse
Não disse para que veio
Ninguém percebeu
Ninguém percebeu o careta que lhe concebeu
Ninguém aceitou...
Vou continuar assim porque este não é careta
Ou seria?
Bem... Se ninguém percebeu é porque a mensagem morreu
E o careta...
Ah! Melhor um cigarro careta que um texto.
Pelo menos o cigarro apaga o fogo de alguns
Com 15 mil substâncias caretamente descritas
Mas quem apaga um texto de um careta?
Ah! Melhor dar um cigarro para apagar o careta
Pena que apaga aos poucos
O texto, é claro...
Ah! Este texto não terá verso de ouro, nem conclusão
Ele não é careta.
Termina com um "Tchau"
Tchau!
Ah! E não fume porque o Ministério da Caretice disse que não pode
Ah! Esqueci de dizer que este texto não é recomendado para menores de 18 anos
Então não leia este texto se você for menor de 18 anos
Boa noite!
sexta-feira, 9 de dezembro de 2016
Lucidez?
Noite regada a suor e pesadelos
Com sarcasmo em seu ventre
Que traz tristeza ao peito
E preocupação para a mente
Com olhos fundos e mareados
Cheios do vazio soturno
Cheios de vida...?
Não, cheios da vida!
Cheios do cansaço perene
Que tarda em se cansar
Mas que quase nunca se cansa
De estar cansado
É uma figura mítica.
Um conto mal fadado
Um personagem simbólico
No imaginário impregnado
É o construtor, de Chico
Que beija a mulher
Como se fosse a última vez
É o padeiro que repete
Seus pãezinhos todos os
Dias sem cessar
É Fabiano, de Craciliano
Que leva Baleia ao Céu
E sua familía ao agreste
É o engenheiro que
Não para de engenhar
É Pedro Bala, de Amado
Que luta desde menino
Pela sobrevivência no areal baiano
É o vendedor que gasta
O que lhe resta de voz
Para não lhe faltar à família
É a vida que não cansa de viver
É...
Mas a vida é um erro
Um incidente
Um desgosto sarcástico
Do universo
Fadada ao caos
Ao nada
Ao imaterial?
Talvez
Mas aos descrentes (como eu): nada
Resta apenas o cansaço
Descansando sobre meus ombros cansados
Sobre meus ombros que um dia
Vão definhar como a vida
Vão se esquecer desse mundo
Vão retornar ao universo
Vão descansar
sexta-feira, 6 de novembro de 2015
Perversão Diária
Sabe aquela transa?
Então... Ela nunca acabou. Nunca, nunca, nunca. Nunquinha mesmo.
Você ainda treme de prazer. Sente aqueles detalhes em suas mãos. Coisa de pele. De ouvido. De sangue. De fluídos. Gostoso. Tremido, mexido e pernoitado. No jantar e no café da manhã. Quando dá sorte, no almoço. Quem sabe de novo no jantar?
Ah! Delicia.
Mas não é só aquela transa.
São aquelas transas. Todas, todinhas. Uma por uma. Te incomodam. Te incitam.
Na distração do elevador. Quando estuda, quando fica sonolento (ou sonolenta!) na frente da TV. Fica sentado lembrando daquele corpo. Sim, daquele corpo que ficou bem disponibilizado em cima. De onde, não sei.
Um prazer laboral inesquecível. Nunca o ato de realizar trabalho foi tão interessante.
Lembram-se dos detalhes, dos dedos. Da boca, da ...
Melhor evitar esse palavreado, não é?
Mas aquelas transas...
Tão boas, tão passageiras, tão permanentes. Um vício.
Quanto mais se tem, mais se quer. Uma verdadeira perturbação. Um incômodo.
Mas vale a pena quando se encontra alguém tão incomodado quanto, não?
Aí os incômodos são preenchidos com perturbações instantâneas bem localizadas. Mas logo se vão embora com a vontade morta.
No dia seguinte vem a lembrança e se não há alguém disponível, não há como apagar o incômodo.
Bem... há como. Mas dizem que esses métodos pessoais não são interessantes. Apenas um delírio rapidinho para apagar o fogo.
Aja fogo!
E você se lembra, não é?
A quanto tempo foi sua última vez?
Ontem, hoje? Ano passado?
Exagerei, não é? Deveria ter ido mais devagar?
Está bom para você?
Está gostando?
Sim, já está imaginando, eu sei.
Seu gosto pelo sexo é do tamanho da sua mente. Infinito. O seu corpo é apenas o local aonde os pontos são acessados. Mas o computador está dentro de você. E não fora. Fora estão outras coisas.
Ui!
Não agora.
Dá para esperar mais um pouquinho.
Tem certeza?
Bem... continuemos.
As certezas das necessidades humanas te levam a distrações. Sempre acabam em sexo.
Freud só pensava nisso, estudava isso, vivia para isso. Apenas não fazia muito, dizem.
Dizem que quem fala demais faz pouco. Por isso que esse artigo não é uma teoria sobre o sexo. Mas apenas uma distração para atiçar sua curiosidade.
Sim, pura banalidade. Safadeza plena. Daquelas bem vagarosas. Que escorrem pela nuca e terminam em...
Deixa para lá, você já entendeu.
Não tem vergonha?
Aliás, se você chegou até aqui, não tem vergonha alguma.
Não tem vergonha de não ter vergonha? Coisa feia!
Feio nada. Feio é não se divertir. Ficar na mão...
Sem duplicidades, ok?
A vida é cheia de inusitados.
As vezes você está em uma festa - sim você já começou a se lembrar - e conversa despretensiosamente com os amigos. Começa com uma cerveja, depois vai para algo mais forte. Depois toma algo que te dissolve. Te deixa mole, mole.
Por fim, tem alguém em cima (ou embaixo) de você.
Coisas da vida, não?
Os seres humanos se organizam para várias coisas. Sexo não é exceção. Não que tudo implique em orgias. Não que não possa implicar. Bem... melhor deixar para lá.
A vida é cheia de brincadeiras, as vezes ela chama para brincar... "Vem cá, meu amor", ela diz.
Ela não tem tempo. Você tem. São coisas do dia e da noite - melhores se forem quentes, não?
A hora passa. Não, não passa.
E você fica se lembrando ao se deitar. Pensa no que aconteceu naquela outra noite. Todo dia é assim. Ao se deitar, se ri e se diverte de novo. Um ciclo infinito - do tamanho do seu universo. Pois suas necessidades não se findam. E você gosta.
E você se lembra.
Sempre vai se lembrar.
Então... Ela nunca acabou. Nunca, nunca, nunca. Nunquinha mesmo.
Você ainda treme de prazer. Sente aqueles detalhes em suas mãos. Coisa de pele. De ouvido. De sangue. De fluídos. Gostoso. Tremido, mexido e pernoitado. No jantar e no café da manhã. Quando dá sorte, no almoço. Quem sabe de novo no jantar?
Ah! Delicia.
Mas não é só aquela transa.
São aquelas transas. Todas, todinhas. Uma por uma. Te incomodam. Te incitam.
Na distração do elevador. Quando estuda, quando fica sonolento (ou sonolenta!) na frente da TV. Fica sentado lembrando daquele corpo. Sim, daquele corpo que ficou bem disponibilizado em cima. De onde, não sei.
Um prazer laboral inesquecível. Nunca o ato de realizar trabalho foi tão interessante.
Lembram-se dos detalhes, dos dedos. Da boca, da ...
Melhor evitar esse palavreado, não é?
Mas aquelas transas...
Tão boas, tão passageiras, tão permanentes. Um vício.
Quanto mais se tem, mais se quer. Uma verdadeira perturbação. Um incômodo.
Mas vale a pena quando se encontra alguém tão incomodado quanto, não?
Aí os incômodos são preenchidos com perturbações instantâneas bem localizadas. Mas logo se vão embora com a vontade morta.
No dia seguinte vem a lembrança e se não há alguém disponível, não há como apagar o incômodo.
Bem... há como. Mas dizem que esses métodos pessoais não são interessantes. Apenas um delírio rapidinho para apagar o fogo.
Aja fogo!
E você se lembra, não é?
A quanto tempo foi sua última vez?
Ontem, hoje? Ano passado?
Exagerei, não é? Deveria ter ido mais devagar?
Está bom para você?
Está gostando?
Sim, já está imaginando, eu sei.
Seu gosto pelo sexo é do tamanho da sua mente. Infinito. O seu corpo é apenas o local aonde os pontos são acessados. Mas o computador está dentro de você. E não fora. Fora estão outras coisas.
Ui!
Não agora.
Dá para esperar mais um pouquinho.
Tem certeza?
Bem... continuemos.
As certezas das necessidades humanas te levam a distrações. Sempre acabam em sexo.
Freud só pensava nisso, estudava isso, vivia para isso. Apenas não fazia muito, dizem.
Dizem que quem fala demais faz pouco. Por isso que esse artigo não é uma teoria sobre o sexo. Mas apenas uma distração para atiçar sua curiosidade.
Sim, pura banalidade. Safadeza plena. Daquelas bem vagarosas. Que escorrem pela nuca e terminam em...
Deixa para lá, você já entendeu.
Não tem vergonha?
Aliás, se você chegou até aqui, não tem vergonha alguma.
Não tem vergonha de não ter vergonha? Coisa feia!
Feio nada. Feio é não se divertir. Ficar na mão...
Sem duplicidades, ok?
A vida é cheia de inusitados.
As vezes você está em uma festa - sim você já começou a se lembrar - e conversa despretensiosamente com os amigos. Começa com uma cerveja, depois vai para algo mais forte. Depois toma algo que te dissolve. Te deixa mole, mole.
Por fim, tem alguém em cima (ou embaixo) de você.
Coisas da vida, não?
Os seres humanos se organizam para várias coisas. Sexo não é exceção. Não que tudo implique em orgias. Não que não possa implicar. Bem... melhor deixar para lá.
A vida é cheia de brincadeiras, as vezes ela chama para brincar... "Vem cá, meu amor", ela diz.
Ela não tem tempo. Você tem. São coisas do dia e da noite - melhores se forem quentes, não?
A hora passa. Não, não passa.
E você fica se lembrando ao se deitar. Pensa no que aconteceu naquela outra noite. Todo dia é assim. Ao se deitar, se ri e se diverte de novo. Um ciclo infinito - do tamanho do seu universo. Pois suas necessidades não se findam. E você gosta.
E você se lembra.
Sempre vai se lembrar.
quarta-feira, 4 de novembro de 2015
Breve ensaio sobre a Morte
O que há na
estrada dessa vez?
Queria
apenas refletir sobre o sentido da vida. Mas a vida é repleta de dissabores e
da mais falta de discernimento. Para lidar com isto, nada como uma prosa
poética para tratar a nada irremediável dor que apenas passa com a doce e
inexorável morte.
Ela é dura.
E dura. A eternidade. Mas e o resto?
Nada dura.
Talvez até mesmo o conceito de morte. Por que de fato ela existe apenas porque
a vida existe e quando não mais existir vida, não existirá mais morte. Morre de
fato. Nas ideias e no existir. Porque o que está morto não morre. Jaz.
O clichê a
única certeza da vida é a morte nunca me pareceu tão mais claro.
Mercado,
moral, ideologia são conceitos. Mas que morrem. Morrem lenta e dolorosamente
com as desinterpretações da vida. Com as burrices de quem não entende. Com a
inexpressividade de quem se cala ou fala demais. Enfim. Ideologia, eu quero uma
para viver. Só porque é clichê. E que morra!
A ideologia
mata. E salva.
Ideologia
são ideias. Cara. Se você não matou alguém é porque te disseram que isso é
errado. Ou, se você matou é porque te disseram isso e você ignorou. Você matou
a ideologia de que matar é errado! Mas começou a viver com a ideia de que matar
faz sentido. Às vezes, quando é necessário. Ou sempre. Apenas só para se
divertir.
A propósito,
você guarda os seus mortos no porão?
Bem, não
quero saber. E não quero fazer parte deles, ok?
Então
poupe-me. Por que não sou obrigado.
Ai que vida
chata.
Muito chata.
Chata a
ponto de eu redigir um texto non sense como
este. E chata ao ponto de você perder o seu tempo a lê-lo.
Tempo é
dinheiro, meu caro. Não vá perde-lo.
Dinheiro =
tempo = vida.
Dinheiro é
vida.
Sim e não.
Mas não mas é.
Dinheiro =
vida = morte. Afinal, quem vive morre. E
quem vive se mata. Se mata literalmente. Ou por dinheiro.
Ai, se mata!
Vá embora!
Que non sense a instigante vida. E a morte
que a acompanha.
Morte é vida
porque a morte nasce da vida. Vida sem morte não há. Morreremos. Sim, é assim
mesmo. Morreremos. A nua e crua e dolorosa verdade. Talvez
iremos para o inferno. Ou não. Tanto faz. Não viveremos para saber. Apenas
cairemos.
E jazeremos
felizes para sempre.
Ah! Morte
que namora e me acompanha todos os dias. Sem edição. Sem prova, sem evidência.
Por que
ninguém sabe o que é.
Interessante
não? Todos sabemos o que é a morte. Mas não sabemos.
Você sabe o
que é a morte?
Não me venha
com teológicas! “A morte é a separação da alma do corpo ... bla bla bla”
Quero
explicação real!
O que é a
morte?
A morte sou
eu te interrogando aqui, fazendo você perder o seu preciosíssimo tempo. A morte
é você com a cara enfurnada nesse computador maldito. A morte é o seu chefe
gritando com você. É o assédio moral diário. A morte é terrível, lenta e
ineficiente. Leva hoje uns setenta anos para chegar.
Mas isso
importa?
Ela vem!
Ela vem na
frente de um caminhão. Do piano que despenca. Do gás acumulado que escapou do
bujão. Do seu chefe que gritou com você e você escorregou do último andar.
Estava lá, despreocupado. Bem assim, despencou. E foi caindo, caindo, caindo,
caindo...
Morreu.
Mas esse
texto não morre assim.
Esse texto é
um espírito de morte, com mau humor. Às vezes mau humor parece à morte, não é?
A morte esta
na estrada dessa vez.
A longa
estrada da vida dá na morte. Dizem que você anda com quem você parece. Mas
apenas acompanho mortais. Alguém conhece algum McLeod para me apresentar?
Não? Que
pena.
Foi só um
recurso linguístico.
Viver é
muito chato. Um dia eu morro e acabo com isso logo. E acabo com esse texto
também.
Mas ele não
morreu. Não agora pelo menos.
Quanta
ironia não? Quanto mau humor mora em meu peito.
Tudo porque
é mais fácil ser mau humorado. Ser feliz é estranho.
Existe gente
feliz, sabia?
Queria saber
como elas fazem ou se é apenas falsidade mesmo.
Dizem que
ser feliz é um ato de decisão. Ah! Que chato. Melhor seria ser feliz e pronto.
Você acorda,
pega o ônibus às seis da manhã. Sai do trampo às cinco, pega mais ônibus
lotado. Paga contas. E ainda querem que você seja feliz.
Veja bem.
Quanta falsidade.
Ser feliz é
coisa de gente louca. Não faça isso. Apenas faça como as outras pessoas, finja!
Isso finja.
O importante é parecer, não ser. Por que ser feliz já é demais.
Esse texto
já é demais.
Cansei.
Ainda não.
O que há na
estrada?
Desilusões.
Dores. Incertezas. Vida acabrunhada e cansada. Uma morte por dia.
Ah! A morte,
você já tinha se esquecido.
Mas você vai
lembrar hoje antes de dormir.
Você vai
morrer.
Vai.
Morrer.
E daí? Todo
mundo vai morrer, sabia?
Pois é.
Morreremos.
Essa é a
nossa estrada.
Essa estrada
leva ao longe. A muitos pensamentos. A muita falta de foco. A muitas estradas.
Mas uma
coisa tem graça.
Cada um tem
sua estrada. Como escolher a melhor.
Como ou sem
morte?
Opção
errada.
Mas a morte
virá. Do nada. Ou não. Lenta e dolorosamente nas mãos de um psicopata.
Já pensou em
ter uma conversa em pessoa com Charles Manson, bem ao pé do seu ouvido? Dizendo e
explicando o que vai fazer como você?
Nas mãos
dele seria apenas um abjeto.
Mas não
hoje. Ainda não.
A morte
ainda não te pegou.
Boa noite.
Assinar:
Postagens (Atom)