O que é certo é errado
Pensar é agir
E não pensar é não agir
Agir é pensar?
Ah! Então quem muito fala muito faz?
Faz!
Nada!
Dicotomicamente
Alegremente
Pega-se um microfone
Utiliza-se de um livro
De macabrísticas ritualísticas
Ao riso silábisábico alarábico
do Fogo maldito
Oh! Fogo da chama
Que consome a cama
Poesia cruel
Que se destrói em si
Que em cerveja se derrama
Pura lama
De Guarapari
É um som safado
Rompante
Inescuso
Quase bilaquiano
Por exceção das métricas
Daquela mélquidas
E ressequidas ideias
Malversações malignas
Do ditocujo
Que se lambuza no pecado
E seu peito inflama
Oh! Selvageria cruel
De um texto sem sentido
Qual leão na savana
A despedaçar sua presa em riste
Com um sorriso maligno
Daquele que se diverte com sangue ressequido
É um mel que insana
Nossas mentes perversas
Nossas almas inertes
Se levam em si
Se esquecem de si
Da vida
Aqui jaz uma poesia
Não, um poema
Aqui jaz um poeta
Aqui jaz a vida de um escritor
Mal escritor
Quem nem era autor
Aquele a quem o mercado, o Deus, Mercator
Nunca pagou
Fim para muitos
O início do fim
É a serviço do repente
Assim tão de repente
Enfim, chegou-se ao fim