Dentre os seres humanos, ela é a melhor
É a mais bela
A mais inteligente
A mais sábia
É o suprassumo do Bem
Estonteantemente maravilhosa
É a mais digna de atenção
É a mais eficiente
Dentre os músicos, o melhor guitarrista
O melhor violonista
O melhor vocalista
O melhor baterista
Tudo
Tudo
Tudo de bom
Excelência suprema
Excelência entre os excelentes
A caridade em pessoa
Muito boa
Muito boa mesmo
Muito boa de morrer
É tão boa que quando faz a ação
Em cima de todos distoa
É a que mais aparece
A que mais se promove
Sobre a que mais se conversa
Quem questiona não merece
Não merece atenção
Não merece amor
Não merece
Não merece
Não merece
Não merece porque não contemplou a beleza
A sutileza
A grandeza
A grandiosidade em pessoa
O melhor dos seres humanos
O mais criativo
O mais estrondoso
O mais maravilhoso
O mais vaidoso
sábado, 24 de fevereiro de 2018
quinta-feira, 11 de janeiro de 2018
Repetindo
Cada momento
Cada perda
Cada nota
Cada vida
Cada situação
Em sua volta
Mas não se importa
Não se importe
Com o que diga
Com o que se nota
Apenas com a vida
Que enrola
Que se nota
Vai-se embora
Despedia
Qual nora
No altar
Da vida
É... rima
Com suspiro
Com despedida
Com vida... De novo
Sem vida? De novo
Again
Agora
Meu povo
Que sinistra
Sílaba
De novo
Ai meu Deus
Não consigo
Parar
Se vou
Se consigo
Repito
De novo
Cada perda
Cada nota
Cada vida
Cada situação
Em sua volta
Mas não se importa
Não se importe
Com o que diga
Com o que se nota
Apenas com a vida
Que enrola
Que se nota
Vai-se embora
Despedia
Qual nora
No altar
Da vida
É... rima
Com suspiro
Com despedida
Com vida... De novo
Sem vida? De novo
Again
Agora
Meu povo
Que sinistra
Sílaba
De novo
Ai meu Deus
Não consigo
Parar
Se vou
Se consigo
Repito
De novo
terça-feira, 5 de dezembro de 2017
Samba
De roda
De escola
De butiquim
Te pega na vida
Te leva embora
Te deixa a fim
Te joga nos lados
Te pega de volta
Te dá um sorriso
Te leva embora
Te chama no canto
Te deixa em prantos
Te revira por dentro
Te deixa molengo
Numa sexta a tarde
Em um sábado a noite
Em um domingo de manha
Sempre o samba te leva
Sempre ele te traz
Seja pelo mar
Seja pelos cabelos
Qual o timoneiro
Mas ele faz
Ele traz
Ele é samba
Ele é capaz
De mudar sua trajetória
E roubar sua paz
E ampliar sua memória
De vida
De dores
De sorrisos
De amores
Isto é vida
Isto é ginga
Coisa de bamba
Isto é o samba
sexta-feira, 24 de novembro de 2017
Poesia de Cara
Só queria ser feliz, cara
Sem aperto no peito
Sem dor de cabeça
Sorriso rasgando
Sorriso na cara
A cara não é cara
A cara é de menos
Com dentes escovados
Sem meias palavras
Sem beijos e abraços
Uma dureza que só
Sem moleza
Ouviu? SEM M.O.L.E.ZA
Não é mole não
Pois quem é mole
Se joga do alto
E abraça o asfalto
Espatifa no chão!
Espatifou?
Bem-feito!
Só não atrapalha o trânsito
Sai do meu caminho
Sai do meu caminhão
De angústias
De raiva
De sina
Lascívia
Contida
Na lábia
Só queria ser feliz, cara
terça-feira, 7 de novembro de 2017
Ê Jãozinho
Chegou o dia da entrega da redação escolar e a professora ficou muito entusiasmada com as redações de suas fofuras de alunos. Menos com a do Jãozinho.
Jãozinho já apresentava, aos 7, tendências curiosas em seu comportamento e um certo ardor fervoroso por atividades que são recriminadas pela sociedade.
A Dóra, que era uma belezinha de menina, por exemplo, alimentava a sanha pela Medicina. Amava os animais e se não fosse "dotôra" de gente, certamente seria dos bichinhos. E seria, certamente seria.
Já o Ricardinho era o cara da sala, era bom de bola e seu sonho era ser ponta esquerda no Curíntia. E o rapazinho era talentoso mesmo. Driblava um, quebrava outro, colocava a bola na frente e haja pulmão para acompanhar o Ricardinho. Era GOOOOOL na certa.
Também tinha o Fernando. Esse era bom em tudo que era científico. Menino inteligente da Po"""" esse. Era bom de química e física e ficou amigo da rapaziada dando aquela força na prova de matemática. Afinal, não era bonito e ficava envergonhado na frente das garotas. Então resolvia seu lado fraco com essas compensações com os coleguinhas. Gente boa esse Fernando e futuro engenheiro do ITA.
E todos esses, reconhecendo seus respectivos e maravilhosos talentos, fizeram suas redações com base naquilo que acreditavam ter potencial. E o Jãozinho não era diferente, mas suas habilidades não eram, desde cedo, bem aceitas pela sociedade.
Mas o Jãozinho...
- Vem cá, Jãozinho!!!
- Que foi fessora?
- Ah! Jãozinho!
- Que eu fiz? Juro que não fui eu que passou cola na cadeira da Bruna!
- Cê fez isso também Jãozinho, foi?
- Ai...
- Depois a gente conversa disso! O papo agora é outro.
- Que papo, tia?
- Que redação é essa, João?
- Nossa, tia, por que a senhora tá me chamando com esse nome? A senhora nunca me chama assim. A senhora tá brava, tá?
- Não estou brava menino. Estou decepcionada.
- Nossa, fessora, o que eu fiz?
- Que diacho de redação é essa? É esse o seu sonho criatura? É para isso que eu dou um duro danado aqui com vocês?
- Ah é - disse a endiabrada miniatura de gente com o rosto enrubescido.
- Ah é! É só isso que você tem para me dizer, diacho? Que raio de redação é essa??? Como assim? Por que diacho você quer ser ASSALTANTE DE BANCO?
- Então, fessora, é que essa carreira é mais promissora que as outras. Ser jogador de futebol é para poucos e não tenho esse talento todo. Ser médico? Piorou, né? Tem que ser muito inteligente. E engenharia é difícil, sou ruim de conta.
- Nossa menino, que cabeça oca é essa sua? Você não acha que é capaz?
- Talvez eu até seja, fessora. Mas dá muito trabalho. Olha para a senhora...
- Como assim, menino? - Nesse momento a professora ficou perplexa e curiosa, ao mesmo tempo. - Anda logo, desembucha!
-Ah! A senhora sabe como é, né?
- Não sei não, desembucha!
- Ah, fessora eu gosto do trabalho que a senhora faz.
A professora então se sentiu elogiada, mas permaneceu em choque pela primeira opção de seu querido - endiabrado, mas querido - aluno. Afinal, ele tinha preferência por ser assaltante de banco que professor.
- Então, criatura, porque você não quer fazer o que eu faço?
- Ah, fessora, vou estudar muito, terminar todo o ensino básico, o colegial e fazer faculdade para ser professor? Dá muito trabalho e não ganha muito.
- Ah, então o safadinho quer ser assaltante de banco???
- Sim, fessora, porque é mais promissor.
- Como assim, diacho?
- É mais promissor porque exige menos conhecimento e os ganhos são mais rápidos.
- Meu Deus, criatura! - Ah! Professora já não estava mais se aguentando.
- É, fessora, e não quero fazer pelo resto da vida não.
- É, diacho! Até quando você quer fazer isso?
- Ah! Eu quero fazer uma vez só para conseguir um dinheirinho bom para ajudar minha mãe, coitadinha. Trabalha tanto e não tem o menor valor.
- E sua mãe ia gostar disso? De saber que você quer ajudá-la com dinheiro roubado?
- Não, fessora. Por isso vamos fazer um trato.
- Como assim? - Agora a professora ficou ainda mais assustada com a ousadia do moleque. E mais curiosa ainda.
- Sim, fessora. A senhora não conta para ela e eu ajudo a senhora quando eu tiver feito o roubo.
A professora achou aquilo uma baita maluquice e mandou o moleque fazer uma redação "decente".
E no fim tudo acabou bem.
Exceto quando a professora foi presa pela Polícia Federal, 20 anos após esta conversa, porque não soube explicar a procedência de 2 milhões que haviam sido depositados em sua conta.
Ê Jãozinho...
Jãozinho já apresentava, aos 7, tendências curiosas em seu comportamento e um certo ardor fervoroso por atividades que são recriminadas pela sociedade.
A Dóra, que era uma belezinha de menina, por exemplo, alimentava a sanha pela Medicina. Amava os animais e se não fosse "dotôra" de gente, certamente seria dos bichinhos. E seria, certamente seria.
Já o Ricardinho era o cara da sala, era bom de bola e seu sonho era ser ponta esquerda no Curíntia. E o rapazinho era talentoso mesmo. Driblava um, quebrava outro, colocava a bola na frente e haja pulmão para acompanhar o Ricardinho. Era GOOOOOL na certa.
Também tinha o Fernando. Esse era bom em tudo que era científico. Menino inteligente da Po"""" esse. Era bom de química e física e ficou amigo da rapaziada dando aquela força na prova de matemática. Afinal, não era bonito e ficava envergonhado na frente das garotas. Então resolvia seu lado fraco com essas compensações com os coleguinhas. Gente boa esse Fernando e futuro engenheiro do ITA.
E todos esses, reconhecendo seus respectivos e maravilhosos talentos, fizeram suas redações com base naquilo que acreditavam ter potencial. E o Jãozinho não era diferente, mas suas habilidades não eram, desde cedo, bem aceitas pela sociedade.
Mas o Jãozinho...
- Vem cá, Jãozinho!!!
- Que foi fessora?
- Ah! Jãozinho!
- Que eu fiz? Juro que não fui eu que passou cola na cadeira da Bruna!
- Cê fez isso também Jãozinho, foi?
- Ai...
- Depois a gente conversa disso! O papo agora é outro.
- Que papo, tia?
- Que redação é essa, João?
- Nossa, tia, por que a senhora tá me chamando com esse nome? A senhora nunca me chama assim. A senhora tá brava, tá?
- Não estou brava menino. Estou decepcionada.
- Nossa, fessora, o que eu fiz?
- Que diacho de redação é essa? É esse o seu sonho criatura? É para isso que eu dou um duro danado aqui com vocês?
- Ah é - disse a endiabrada miniatura de gente com o rosto enrubescido.
- Ah é! É só isso que você tem para me dizer, diacho? Que raio de redação é essa??? Como assim? Por que diacho você quer ser ASSALTANTE DE BANCO?
- Então, fessora, é que essa carreira é mais promissora que as outras. Ser jogador de futebol é para poucos e não tenho esse talento todo. Ser médico? Piorou, né? Tem que ser muito inteligente. E engenharia é difícil, sou ruim de conta.
- Nossa menino, que cabeça oca é essa sua? Você não acha que é capaz?
- Talvez eu até seja, fessora. Mas dá muito trabalho. Olha para a senhora...
- Como assim, menino? - Nesse momento a professora ficou perplexa e curiosa, ao mesmo tempo. - Anda logo, desembucha!
-Ah! A senhora sabe como é, né?
- Não sei não, desembucha!
- Ah, fessora eu gosto do trabalho que a senhora faz.
A professora então se sentiu elogiada, mas permaneceu em choque pela primeira opção de seu querido - endiabrado, mas querido - aluno. Afinal, ele tinha preferência por ser assaltante de banco que professor.
- Então, criatura, porque você não quer fazer o que eu faço?
- Ah, fessora, vou estudar muito, terminar todo o ensino básico, o colegial e fazer faculdade para ser professor? Dá muito trabalho e não ganha muito.
- Ah, então o safadinho quer ser assaltante de banco???
- Sim, fessora, porque é mais promissor.
- Como assim, diacho?
- É mais promissor porque exige menos conhecimento e os ganhos são mais rápidos.
- Meu Deus, criatura! - Ah! Professora já não estava mais se aguentando.
- É, fessora, e não quero fazer pelo resto da vida não.
- É, diacho! Até quando você quer fazer isso?
- Ah! Eu quero fazer uma vez só para conseguir um dinheirinho bom para ajudar minha mãe, coitadinha. Trabalha tanto e não tem o menor valor.
- E sua mãe ia gostar disso? De saber que você quer ajudá-la com dinheiro roubado?
- Não, fessora. Por isso vamos fazer um trato.
- Como assim? - Agora a professora ficou ainda mais assustada com a ousadia do moleque. E mais curiosa ainda.
- Sim, fessora. A senhora não conta para ela e eu ajudo a senhora quando eu tiver feito o roubo.
A professora achou aquilo uma baita maluquice e mandou o moleque fazer uma redação "decente".
E no fim tudo acabou bem.
Exceto quando a professora foi presa pela Polícia Federal, 20 anos após esta conversa, porque não soube explicar a procedência de 2 milhões que haviam sido depositados em sua conta.
Ê Jãozinho...
segunda-feira, 6 de novembro de 2017
Tinder
Sou gato, loiro, intelectual, sou médico, pareço o Brad Pitt (na época do Clube da Luta) - R$ 300 mil.
Sou alto, loiro, magro, musculoso, tanquinho, engenheiro, ganho bem, Camaro e casa em área nobre da cidade - R$ 200 mil.
Tenho altura média, analista de marketing em multinacional, bom de papo, inteligente, bonito, intercâmbio e fiz MBA na FGV. - R$ 100 mil.
Tenho altura média, olhos verdes, pele bem clara, professor de faculdade com doutorado. R$ 50 mil.
Tenho altura média, intelectual, manjo de Rock´n Roll dos anos 70. Analista de TI em uma Startup que é o futuro Unicórnio. Inglês fluente - R$ 25 mil.
Curso técnico em eletrônica, inglês avançado. Olhos cor de mel. Pele de ébano - R$ 12,5 mil.
Professor. História. Concursado na Rede Pública Municipal. Bonitinho, 40. Nem gordo nem magro - 6 mil.
Sou vendedor. Ensino médio completo. Gordinho, 35 anos - 3 mil.
segunda-feira, 30 de outubro de 2017
Minas São Paulo Bahia Paraná
É bão uai!
Não é.
É sim! É muitXu booooom! Você teeeeem qui provar!
Mas é, sô! Cê tá certo demais, viu?
Não, não é.
Mas como assim, bichim! Tú não tá venu que é bom?!!!
É...cual o seu problema cum pãodiqueijo, fi?
Nenhum. Apenas não gosto.
Tem certeza, uai?
Sim, claro.
Mas fala pra gente então qual o seu problema!!!! (em tom raivoso)
Nenhum.
Ê bicho estranho, sô.
Estranho demaaaaaaaais essi povo daquiiii. Conversa, não?
Ê... Esses trem não conversa.
E, você, rapaiz, qual o problema?
.....
Amigo, ele lhe fez uma pergunta. Seja cordial, responda.
.....
Uai, o trem comeu sua lingua, fi?
É, bichim, comeu, foi?
Esses piá num tem mais o que fazê (consigo, bem baixinho).
Quer saber, vamo entãaaaaao comer uma muqueca da bouaaaaa!
Uai, que trem é esse de queca?
Moqueca, amigo. Moqueca. Isso me interessa. E você, amigo, já comeu moqueca?
Já ouvi.
....
Mas, uai, ele qué sabé se você começou esse trem.
Comer trem? Masassim você vai ter excessodeferro, piá!
Ô trem doido sô. Mas numéissonão, viado.
Mas parece que é sim, bichiiiiim. Vamu te levar pro hospital depois de almuçaaaa! kkkkkk
Sim, vamos almoçar que estou com pressa. Você vem?
Acho que vou.
Não é.
É sim! É muitXu booooom! Você teeeeem qui provar!
Mas é, sô! Cê tá certo demais, viu?
Não, não é.
Mas como assim, bichim! Tú não tá venu que é bom?!!!
É...cual o seu problema cum pãodiqueijo, fi?
Nenhum. Apenas não gosto.
Tem certeza, uai?
Sim, claro.
Mas fala pra gente então qual o seu problema!!!! (em tom raivoso)
Nenhum.
Ê bicho estranho, sô.
Estranho demaaaaaaaais essi povo daquiiii. Conversa, não?
Ê... Esses trem não conversa.
E, você, rapaiz, qual o problema?
.....
Amigo, ele lhe fez uma pergunta. Seja cordial, responda.
.....
Uai, o trem comeu sua lingua, fi?
É, bichim, comeu, foi?
Esses piá num tem mais o que fazê (consigo, bem baixinho).
Quer saber, vamo entãaaaaao comer uma muqueca da bouaaaaa!
Uai, que trem é esse de queca?
Moqueca, amigo. Moqueca. Isso me interessa. E você, amigo, já comeu moqueca?
Já ouvi.
....
Mas, uai, ele qué sabé se você começou esse trem.
Comer trem? Masassim você vai ter excessodeferro, piá!
Ô trem doido sô. Mas numéissonão, viado.
Mas parece que é sim, bichiiiiim. Vamu te levar pro hospital depois de almuçaaaa! kkkkkk
Sim, vamos almoçar que estou com pressa. Você vem?
Acho que vou.
sexta-feira, 27 de outubro de 2017
FÉ
Pragmática
Absurda
Muda
Cega
Será?
Talvez
Mas conforme o observador
Aquele que observa a fé
A fé é o objeto
As vezes
Abjeto
Para alguns...
Isso é certo
Fé errada
É a fé de outrem
A fé dos outros é mito
A minha é dogma
É verdade
Um consolo
Na verdade
Pois assim
Eu não morro
Se morro
Me confortarei
Lembrarei
Que
O papel
Neste
Mundo
Cumpri
Mas em nada nele fui razão de existir
Se ainda fosse
Como Lutero
Como Francisco
Como Jesus
Como Maomé
Ainda...
Se ainda assim o fosse
Eu teria existido
Mas como não o fui, não o sou, não o serei
Morri
Apenas morri
E morrerei
Deitarei-me no esquife
Eternamente inconsciente
Deitado eternamente
A fé nada mais é
Que uma forma
De me eternizar
AQUI
Estando acolá
Mesmo jazendo
Mesmo não mais existindo
Só a memória jazendo
Todos os mortos morreram
Só alguns sobreviveram
Aqueles que no coletivo
Permaneceram
AMÉM
Absurda
Muda
Cega
Será?
Talvez
Mas conforme o observador
Aquele que observa a fé
A fé é o objeto
As vezes
Abjeto
Para alguns...
Isso é certo
Fé errada
É a fé de outrem
A fé dos outros é mito
A minha é dogma
É verdade
Um consolo
Na verdade
Pois assim
Eu não morro
Se morro
Me confortarei
Lembrarei
Que
O papel
Neste
Mundo
Cumpri
Mas em nada nele fui razão de existir
Se ainda fosse
Como Lutero
Como Francisco
Como Jesus
Como Maomé
Ainda...
Se ainda assim o fosse
Eu teria existido
Mas como não o fui, não o sou, não o serei
Morri
Apenas morri
E morrerei
Deitarei-me no esquife
Eternamente inconsciente
Deitado eternamente
A fé nada mais é
Que uma forma
De me eternizar
AQUI
Estando acolá
Mesmo jazendo
Mesmo não mais existindo
Só a memória jazendo
Todos os mortos morreram
Só alguns sobreviveram
Aqueles que no coletivo
Permaneceram
AMÉM
domingo, 15 de outubro de 2017
Nunca
A mulher de minha vida
Nunca existiu
Apenas pesos e lágrimas
De uma prisão
Um covil
Quem eu amo
Nunca me amou
Nunca se me ligou
Nunca se me abriu
Nunca se me ligou
É como se fora o purgatório
É a verdadeira dor eterna
É a verdadeira solidão
Estou fadado a sofrer
Estou fadado a solidão
Meu Deus, como sou miserável
Nunca existiu
Apenas pesos e lágrimas
De uma prisão
Um covil
Quem eu amo
Nunca me amou
Nunca se me ligou
Nunca se me abriu
Nunca se me ligou
É como se fora o purgatório
É a verdadeira dor eterna
É a verdadeira solidão
Estou fadado a sofrer
Estou fadado a solidão
Meu Deus, como sou miserável
quarta-feira, 11 de outubro de 2017
Balada
Banho. Toalha. Calcinha. Espelho. Sutien. Vestido Vermelho. Batom Vermelho.
Perfume. Carro. Fila. Música. Som. Caipirinha. Abraços. Danças. Abraços. Danças. Mais caipirinha. Menos maquiagem. Halls. Beijo.
Beijos. Amassos. Vodka. Tequila. Mais amassos. Mãos bobas. Caipirinha. Amassos. Carro. Casa. Transa.
Corpo. Seio. Cabelo. Cabelo. Sutien. Calcinha. Mão boba. Delícia. Língua. Sexo. Seio. Abraço.
Orgasmo. Cansaço. Sono. Dormir. Café da manhã. Transa. Mãos. Transa. Almoço. Tchau.
Perfume. Carro. Fila. Música. Som. Caipirinha. Abraços. Danças. Abraços. Danças. Mais caipirinha. Menos maquiagem. Halls. Beijo.
Beijos. Amassos. Vodka. Tequila. Mais amassos. Mãos bobas. Caipirinha. Amassos. Carro. Casa. Transa.
Corpo. Seio. Cabelo. Cabelo. Sutien. Calcinha. Mão boba. Delícia. Língua. Sexo. Seio. Abraço.
Orgasmo. Cansaço. Sono. Dormir. Café da manhã. Transa. Mãos. Transa. Almoço. Tchau.
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