terça-feira, 5 de setembro de 2017

Receita Musical

Raça Negra quando se leva um fora

O Teatro Mágico para desabafar com alegria

Vanessa da Mata para viajar na mente


Zeca Pagodinho para beber o churrasco

Zeca  Baleiro para um show de rock batuqueiro

Sara Bareilles porque é bonitinho...


Muddy Waters para transar gostoso

Ella Fitizgerald para pensar

Tom Waits para pensar mais um pouco


John Willians para conversar com os nerds


Mariza Monte para sorrir

Paulinho da Viola para navegar

Novos Baianos para aprender rock com samba


Guns'n Roses para fingir que entende de rock

Nirvana, bem..., para fingir mal


Beth Carvalho para pular cantar dançar sambando

Jair Rodrigues para criar o rap no Brasil

E o Dicró... hahahaha... deixa para lá

Almir Guineto para o Zeca Cantar

Os Originais... Do Samba... para contar história

E os Demônios também


Robert Johnson para os cães alimentar


Etta James para sentir saudades dos tempos dos meus avós

Antonie Duffour para sentir inveja

Iron Maiden para conversar com a galera do Metal


Queen... Queen é para cantar olhando para o céu

Com Hendrix para se brincar de queimar guitarras

E o Russo só para fingir que gosta de rock nacional

Mas daí tem o Barão e os Paralamas para salvar


Led Zeppelin para assumir que realmente é do rock

System of Down e Rage Against para a raiva aumentar

Junto com o Rappa para a raiva justificar


Los Hermanos para bancar o descolado

Móveis Colonais de ARACAJU para ser muito mais


E Rogério Skylab para fingir que tem bom gosto musical


Kid Abelha para pensar no tempo

Emerson Nogueira para curtir um som na medida certa

Lady Gaga para lembrar dos seus melhores amigos


Creed para no mosh entrar

Muse para entrar numa treta medieval

AC/DC para se cantar como Bon Scott

Whitin Temptation para viajar na vocalista


Audioslave para pular para cima

Bruno Mars para voar com estilo


Buddy para ter certeza que os bons ainda não morreram

Chico Buarque... Ah! Para um cabernet acompanhar...


Diogo Nogueira para ouvir o João

Djavan para não entender nada e achar o máximo


Elvis Presley para aprender sobre rock depois dos 30

Norah Jones para a paz acalentar

Enya para sua alma sossegar


Bee Gees para lembrar dos tempos dos seus pais


Howlin´Wolf para transar como Muddy

Maria Gadú para querer pegar Lily Braun


Incubus para um som agitar


Ivete... Muito bom para sempre se ouvir

Jason Mraz para se ouvir (quando) se lembra


Art Popular para quando Raça Negra não resolver


Johnny Cash para pensar "que foda!"

Pink Floyd é indispensável


Lenine para ficar (muito) de boa

Little Walter para lembrar dos mestres


Mariah Carey para pensar "cantar assim é possível?"


Megadeth para realmente curtir uma banda de Metal


Michael Jackson... O Michael é foda!

E Beattles...Daí não precisa explicar ;)


Simon e Garfunkel para na sua infância adentrar

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Um texto careta

Um texto careta é feio

É uma transmissão de ódio

É uma perda de tempo no universo

É algo que transmite

Mas não transmite

É sem sal

É sem sal e depois diz também que é sem açúcar

É o lugar, o "senso", comum

Mas que se merece censurar

Um texto careta é uniforme

Tão quadrado quanto a mente de quem lhe criou

É o vício preguiçoso de quem supostamente pensou que escreveu

E sim, escreveu, de fato

Preencheu o papel com tintas ou a tela com pixels

Pois isso é escrever

Mas não transmitiu

Falou, mas não disse

Não disse para que veio

Ninguém percebeu

Ninguém percebeu o careta que lhe concebeu

Ninguém aceitou...

Vou continuar assim porque este não é careta

Ou seria?

Bem... Se ninguém percebeu é porque a mensagem morreu

E o careta...

Ah! Melhor um cigarro careta que um texto.

Pelo menos o cigarro apaga o fogo de alguns

Com 15 mil substâncias caretamente descritas

Mas quem apaga um texto de um careta?

Ah! Melhor dar um cigarro para apagar o careta

Pena que apaga aos poucos

O texto, é claro...

Ah! Este texto não terá verso de ouro, nem conclusão

Ele não é careta.

Termina com um "Tchau"

Tchau!

Ah! E não fume porque o Ministério da Caretice disse que não pode

Ah! Esqueci de dizer que este texto não é recomendado para menores de 18 anos

Então não leia este texto se você for menor de 18 anos

Boa noite!

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Lucidez?

Noite regada a suor e pesadelos
Com sarcasmo em seu ventre

Que traz tristeza ao peito
E preocupação para a mente

Com olhos fundos e mareados
Cheios do vazio soturno

Cheios de vida...?

Não, cheios da vida!

Cheios do cansaço perene
Que tarda em se cansar

Mas que quase nunca se cansa
De estar cansado

É uma figura mítica.
Um conto mal fadado

Um personagem simbólico
No imaginário impregnado

É o construtor, de Chico
Que beija a mulher
Como se fosse a última vez

É o padeiro que repete
Seus pãezinhos todos os
Dias sem cessar

É Fabiano, de Craciliano
Que leva Baleia ao Céu
E sua familía ao agreste

É o engenheiro que
Não para de engenhar

É Pedro Bala, de Amado
Que luta desde menino
Pela sobrevivência no areal baiano

É o vendedor que gasta
O que lhe resta de voz
Para não lhe faltar à família

É a vida que não cansa de viver

É...

Mas a vida é um erro
Um incidente
Um desgosto sarcástico
Do universo
Fadada ao caos
Ao nada

Ao imaterial?

Talvez

Mas aos descrentes (como eu): nada

Resta apenas o cansaço
Descansando sobre meus ombros cansados

Sobre meus ombros que um dia
Vão definhar como a vida

Vão se esquecer desse mundo
Vão retornar ao universo

Vão descansar




sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Perversão Diária

Sabe aquela transa?

Então... Ela nunca acabou. Nunca, nunca, nunca. Nunquinha mesmo.

Você ainda treme de prazer. Sente aqueles detalhes em suas mãos. Coisa de pele. De ouvido. De sangue. De fluídos. Gostoso. Tremido, mexido e pernoitado. No jantar e no café da manhã. Quando dá sorte, no almoço. Quem sabe de novo no jantar?

Ah! Delicia.

Mas não é só aquela transa.

São aquelas transas. Todas, todinhas. Uma por uma. Te incomodam. Te incitam.

Na distração do elevador. Quando estuda, quando fica sonolento (ou sonolenta!) na frente da TV. Fica sentado lembrando daquele corpo. Sim, daquele corpo que ficou bem disponibilizado em cima. De onde, não sei.

Um prazer laboral inesquecível. Nunca o ato de realizar trabalho foi tão interessante.

Lembram-se dos detalhes, dos dedos. Da boca, da ...

Melhor evitar esse palavreado, não é?

Mas aquelas transas...

Tão boas, tão passageiras, tão permanentes. Um vício.

Quanto mais se tem, mais se quer. Uma verdadeira perturbação. Um incômodo.

Mas vale a pena quando se encontra alguém tão incomodado quanto, não?

Aí os incômodos são preenchidos com perturbações instantâneas bem localizadas. Mas logo se vão embora com a vontade morta.

No dia seguinte vem a lembrança e se não há alguém disponível, não há como apagar o incômodo.

Bem... há como. Mas dizem que esses métodos pessoais não são interessantes. Apenas um delírio rapidinho para apagar o fogo.

Aja fogo!

E você se lembra, não é?

A quanto tempo foi sua última vez?

Ontem, hoje? Ano passado?

Exagerei, não é? Deveria ter ido mais devagar?

Está bom para você?

Está gostando?

Sim, já está imaginando, eu sei.

Seu gosto pelo sexo é do tamanho da sua mente. Infinito. O seu corpo é apenas o local aonde os pontos são acessados. Mas o computador está dentro de você. E não fora. Fora estão outras coisas.

Ui!

Não agora.

Dá para esperar mais um pouquinho.

Tem certeza?

Bem... continuemos.

As certezas das necessidades humanas te levam a distrações. Sempre acabam em sexo.

Freud só pensava nisso, estudava isso, vivia para isso. Apenas não fazia muito, dizem.

Dizem que quem fala demais faz pouco. Por isso que esse artigo não é uma teoria sobre o sexo. Mas apenas uma distração para atiçar sua curiosidade.

Sim, pura banalidade. Safadeza plena. Daquelas bem vagarosas. Que escorrem pela nuca e terminam em...

Deixa para lá, você já entendeu.

Não tem vergonha?

Aliás, se você chegou até aqui, não tem vergonha alguma.

Não tem vergonha de não ter vergonha? Coisa feia!

Feio nada. Feio é não se divertir. Ficar na mão...

Sem duplicidades, ok?

A vida é cheia de inusitados.

As vezes você está em uma festa - sim você já começou a se lembrar - e conversa despretensiosamente com os amigos. Começa com uma cerveja, depois vai para algo mais forte. Depois toma algo que te dissolve. Te deixa mole, mole.

Por fim, tem alguém em cima (ou embaixo) de você.

Coisas da vida, não?

Os seres humanos se organizam para várias coisas. Sexo não é exceção. Não que tudo implique em orgias. Não que não possa implicar. Bem... melhor deixar para lá.

A vida é cheia de brincadeiras, as vezes ela chama para brincar... "Vem cá, meu amor", ela diz.

Ela não tem tempo. Você tem. São coisas do dia e da noite - melhores se forem quentes, não?

A hora passa. Não, não passa.

E você fica se lembrando ao se deitar. Pensa no que aconteceu naquela outra noite. Todo dia é assim. Ao se deitar, se ri e se diverte de novo. Um ciclo infinito - do tamanho do seu universo. Pois suas necessidades não se findam. E você gosta.

E você se lembra.

Sempre vai se lembrar.



quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Breve ensaio sobre a Morte

O que há na estrada dessa vez?

Queria apenas refletir sobre o sentido da vida. Mas a vida é repleta de dissabores e da mais falta de discernimento. Para lidar com isto, nada como uma prosa poética para tratar a nada irremediável dor que apenas passa com a doce e inexorável morte.

Ela é dura. E dura. A eternidade. Mas e o resto?

Nada dura. Talvez até mesmo o conceito de morte. Por que de fato ela existe apenas porque a vida existe e quando não mais existir vida, não existirá mais morte. Morre de fato. Nas ideias e no existir. Porque o que está morto não morre. Jaz.

O clichê a única certeza da vida é a morte nunca me pareceu tão mais claro.

Mercado, moral, ideologia são conceitos. Mas que morrem. Morrem lenta e dolorosamente com as desinterpretações da vida. Com as burrices de quem não entende. Com a inexpressividade de quem se cala ou fala demais. Enfim. Ideologia, eu quero uma para viver. Só porque é clichê. E que morra!

A ideologia mata. E salva.

Ideologia são ideias. Cara. Se você não matou alguém é porque te disseram que isso é errado. Ou, se você matou é porque te disseram isso e você ignorou. Você matou a ideologia de que matar é errado! Mas começou a viver com a ideia de que matar faz sentido. Às vezes, quando é necessário. Ou sempre. Apenas só para se divertir.

A propósito, você guarda os seus mortos no porão?

Bem, não quero saber. E não quero fazer parte deles, ok?

Então poupe-me. Por que não sou obrigado.

Ai que vida chata.

Muito chata.

Chata a ponto de eu redigir um texto non sense como este. E chata ao ponto de você perder o seu tempo a lê-lo.

Tempo é dinheiro, meu caro. Não vá perde-lo.

Dinheiro = tempo = vida.

Dinheiro é vida.

Sim e não. Mas não mas é.

Dinheiro = vida  = morte. Afinal, quem vive morre. E quem vive se mata. Se mata literalmente. Ou por dinheiro.

Ai, se mata!

Vá embora!

Que non sense a instigante vida. E a morte que a acompanha.

Morte é vida porque a morte nasce da vida. Vida sem morte não há. Morreremos. Sim, é assim mesmo. Morreremos. A nua e crua e dolorosa verdade. Talvez iremos para o inferno. Ou não. Tanto faz. Não viveremos para saber. Apenas cairemos.

E jazeremos felizes para sempre.

Ah! Morte que namora e me acompanha todos os dias. Sem edição. Sem prova, sem evidência.

Por que ninguém sabe o que é.

Interessante não? Todos sabemos o que é a morte. Mas não sabemos.

Você sabe o que é a morte?

Não me venha com teológicas! “A morte é a separação da alma do corpo ... bla bla bla”

Quero explicação real!

O que é a morte?

A morte sou eu te interrogando aqui, fazendo você perder o seu preciosíssimo tempo. A morte é você com a cara enfurnada nesse computador maldito. A morte é o seu chefe gritando com você. É o assédio moral diário. A morte é terrível, lenta e ineficiente. Leva hoje uns setenta anos para chegar.

Mas isso importa?

Ela vem!

Ela vem na frente de um caminhão. Do piano que despenca. Do gás acumulado que escapou do bujão. Do seu chefe que gritou com você e você escorregou do último andar. Estava lá, despreocupado. Bem assim, despencou. E foi caindo, caindo, caindo, caindo...

Morreu.

Mas esse texto não morre assim.
Esse texto é um espírito de morte, com mau humor. Às vezes mau humor parece à morte, não é?

A morte esta na estrada dessa vez.

A longa estrada da vida dá na morte. Dizem que você anda com quem você parece. Mas apenas acompanho mortais. Alguém conhece algum McLeod para me apresentar?

Não? Que pena.

Foi só um recurso linguístico.

Viver é muito chato. Um dia eu morro e acabo com isso logo. E acabo com esse texto também.

Mas ele não morreu. Não agora pelo menos.

Quanta ironia não? Quanto mau humor mora em meu peito.

Tudo porque é mais fácil ser mau humorado. Ser feliz é estranho.

Existe gente feliz, sabia?

Queria saber como elas fazem ou se é apenas falsidade mesmo.

Dizem que ser feliz é um ato de decisão. Ah! Que chato. Melhor seria ser feliz e pronto.

Você acorda, pega o ônibus às seis da manhã. Sai do trampo às cinco, pega mais ônibus lotado. Paga contas. E ainda querem que você seja feliz.

Veja bem. Quanta falsidade.

Ser feliz é coisa de gente louca. Não faça isso. Apenas faça como as outras pessoas, finja!

Isso finja. O importante é parecer, não ser. Por que ser feliz já é demais.

Esse texto já é demais.

Cansei.

Ainda não.

O que há na estrada?

Desilusões. Dores. Incertezas. Vida acabrunhada e cansada. Uma morte por dia.

Ah! A morte, você já tinha se esquecido.

Mas você vai lembrar hoje antes de dormir.

Você vai morrer.

Vai.

Morrer.

E daí? Todo mundo vai morrer, sabia?

Pois é. Morreremos.

Essa é a nossa estrada.

Essa estrada leva ao longe. A muitos pensamentos. A muita falta de foco. A muitas estradas.

Mas uma coisa tem graça.

Cada um tem sua estrada. Como escolher a melhor.

Como ou sem morte?

Opção errada.

Mas a morte virá. Do nada. Ou não. Lenta e dolorosamente nas mãos de um psicopata.

Já pensou em ter uma conversa em pessoa com Charles Manson, bem ao pé do seu ouvido? Dizendo e explicando o que vai fazer como você?

Nas mãos dele seria apenas um abjeto.

Mas não hoje. Ainda não.

A morte ainda não te pegou.

Boa noite.








segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Tragédia Grega (Na falta de um nome)

Poema em popa
Leme no chão
Sintaxe incorreta
Brum brum ba ra bão

Cabrum em teu cérebro
Brainstorming em teu ego
Tão cego
Inimigo número 1

Ah! Doces palavras
Sintaticamente arrumadas
Tão desarranjadas
Por que a vida
Ela! Ela bebeu a laranjada

Peço desculpas ao leitor
Semântica não é meu forte
Não hoje!
Nem nunca
Morro de fome
Mas a poesia irrompe e triunfa!

Triunfa triunfalmente
Ah! Um pleonasmo indecente
Uma rima pobre, experimente
Mente
Simplesmente
Mente, mente, mente
Mente tanto
Parece um político

Mentira
Político não mente
Mas também se não houvesse a mentira
Não haveria política
Por que não teria político
Político é quem faz a política!
Ops!
Mentira, político não mente!

Quem mente são as palavras
Jogadas a barlavento
De vento em popa
Um intento
Degusta o sentimento!
Que a vida passa
As palavras passam
Só fica o momento

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Em bloco de notas

Em bloco de notas

Em bloco de notas
Para noite acabar
Um sussurro no escuro
Um sinistro olhar

Um desejo insólito
Uma graça a rosnar
Um cão que passeia
Escurece o ar

O mergulho
O noturno
Que antecede
o fado diurno

A morte
Fecunda
Ave fênix
Ilumina
O preparo
Soturno
Para o imaginário
Risonho
Um sonho
Um destino
Amarelo
Singelo
Taciturno
Esquecido
Como fênix
Ressurge
Da noite

São plumas
Escondidas
Pelo ar

sábado, 17 de janeiro de 2015

Desabafo

Poesia uma ova!
Vem-me a cabeça e vai-se embora
Depois de dois anos, oras!
Definitivamente não era a hora

Vai-se logo e não se despede
Insinuação doce que me azeda
Alegria tinhosa que me afeta
Desafeto minha raiva latente desperta

Que raiva sim! Que ira!
Ah! Quantas mentiras
Dessa safada que me atiça
Que minha mente atina
Pretende me desvirtuar

Mas me reviro sim, me viro!
Com essa estrofe firme eu findo
Uma tragédia de dois anos afinco
Seiscentos e tantos dias, que atino!
Posso dormir sorrindo

Vou co'a poesia me deitar

sábado, 9 de agosto de 2014

Mais um olhar

Obsceno e prático olhar
Um aquário translúcido e vivo
Um mar inundado de emoções
Um larápio do tempo, um rio
Um labirinto de desilusões

Massa crítica e furiosa
Um Azul que a alma fende
Tensão para o mar adentro
Luz na escuridão noturna
Luz para o abissal alento

Azul malígno e etéreo
Um suado e sanguíneo remédio
Uma sinistra mistura de ódio e desejo
Uma brincadeira, uma viagem ao Tejo
Uma ótima oportunidade para se aventurar
Em um obsceno e prático olhar.


domingo, 3 de agosto de 2014

Poesia da madrugada

Poesia da madrugada
Que afina a vida em puerilidade amargada
Que retira a alegria e põe-la de volta
Que ensina o tonto e o sábio esnoba

Poesia de madrugada
Em lapso às pressas assoma
A minha porta como aurora
Na noitada, na penumbra
Quando o silêncio profundo retumba

Poesia da madrugada
Feito a noite enrugada
Feito Ouro Preto embrumada
Feito minha vida inebriada
Feito fel, feito navalha
Traz-me alegria de volta?
Traz-me a dor de sorrir
Traz-me a revolta apaixonada

Traz-me a poesia da madrugada