Em Pasárgada há o que se tem de melhor. Nunca a vi pessoalmente. Nunca fui a
mais poética das cidades... Mas sei o que nela há de bom...
O
que Pasárgada tem de bom está no auge da mocidade. Tez macia e morena de acaju.
Olhos e lábios amendoados. Estes pelos sabores perigosos que provocam um
demorado arroubo temporal naqueles que tiveram a lisonja de tocá-los. E aqueles...
Aqueles ( que olhar!) tão instigantes .... E Apesar da doçura e singularidade, não são amendoados por questões
naturais. Não, não. A natureza tratou de tê-los feito negros – diga-se de
passagem, com bela precisão simétrica, que se reflete em todo resto - qual duas
graciosas jaboticabinhas. O tom amendoado é pela delicadeza dos mesmos
e a profusão que sinto ao encará-los! Ambos me suscitam lembranças machadianas.
É como se fosse de Bentinho para Capitolina: “olhos de ressaca”. Sim! As ondas que
conduzem, que aferroam(!) ao mar, que me levam cândido para a salvífica perdição
.
Ah!
Quem dera tê-la tenra em meus braços, no aconchego ... Vãs seriam as palavras e
todas as coisas entre o Céu e a Terra. Vã seria a vida, que então poderia se
acabar e assim morreria feliz! Ah! Quem dera dominar toda aquela forma
impetuosa, que me remete aos mais variados tipos instrumentais de corda. Mas
somente aos que condizem com corpo feminino, é claro! rs
Ah!
Quão bela é Pasárgada que me privilegia de seus sabores, doce e amaro. As mais preciosas
doçuras femininas posso experimentar em olhares cativantes e sagazes, em lábios
carnudos e em uma tez de tirar o fôlego. O amargo vem da privação dessas
delícias, que estando de volta ao lar, me deixam aqui em desalento.
Mas
o amargor é vivificante. Se, por um lado, ele fere os corações, fazendo que os
mesmos se condoam de si, que a saudade seja profunda e a dor impetrante; por
outro, não é por acaso no cadinho que ouro e prata, assim como as intenções,
se purificam? Qual diamante é deveras belo senão devidamente lapidado? Ah!
Que o crisol daquelas famosas grandezas físicas –tempo e espaço -seja realmente
um belo e singelo modelador dos significados. E que as belas praias de Pasárgada continuem seu processo de expansão dos sentimentos. Pois, como já disse, sei o
que lá tem de bom!
E,
textualmente falando, é necessário que se volte a Pasárgada. Para o centro das
atenções. Afinal de contas o que importa é a capital poética e, sobretudo, insisto em dizer, o que nela reside. Quem lá mora, curiosamente, a atenção
me atrai, se ainda não o fiz notar. Quem lá mora é impar é única. Quem lá mora,
aqui, quando embora foi, acabou ficando. Deixou um pedaço de si para trás. Deixou nas minhas memórias, nos meus sonhos,
no meu dia a dia, no meu inconsciente. Deixou-o em mim.
LINKS: *** Pasárgada ***
*** Vou-me embora para Pasárgada ***
É meu!Obrigada,foi o presente mais carinhoso que recebi de aniversário!!!! Estou feliz!!!
ResponderExcluirÉ pra você sim, srta Anônima, vulgo Cintya Correia. rs
Excluirfiquei emudecido
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