terça-feira, 28 de setembro de 2021

De repente

Você ficou velho e não acredita em mais nada

Porque aprendeu

Que pessoas realmente

São cartas marcadas


Compreendeu que são como a Justiça

O Mago ou o Diabo

E que na realidade

Cartas de Tarot são pessoas disfarçadas


Pessoas de Tarot são cartas marcadas


Marcadas pela vida

Pela previsibilidade

Foram todos os dias as mesmas cartas

Que esqueceram que são de verdade


Cartas marcadas são pessoas de verdade?


Talvez sejam

Ou não


É certo que é difícil compreender

Porque o arquétipo fala

Clama e infunde a maldade

Freud refuta

E Jung explica:

"É tudo questão de Sincronicidade"


Mas se o inconsciente é coletivo

E a humanidade é universal

Aonde fica a tal qualidade individual?


Perde-se na totalidade

Das cartas marcadas

Pela maldade

Pela lascívia

Pela repugnância

Ao amor e a caridade


Pessoas de caridade são cartas marcadas de verdade?


Talvez sejam

Ou não


Mas há uma realidade

São belas e de várias cores

São de várias qualidades


São taciturnas, oblíquas

Mas, às vezes, há sinceridade

Se na eventualidade do caos

Surge a fraternidade


O Ego acorda e o Eu inflama

Dissolve-se a dualidade

O Mundo Todo sorri

As cartas voltam para o deck

E se infundem pela Existência na imaterialidade


Agora há pessoas de verdade

por Daniel Dara



segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Vida

O que esperar da vida, senão a morte?

Mas... Se se espera a morte, é necessário viver a vida

Redundantemente: a vida. Um Carpe Diem a cada minuto, a cada segundo, a cada nano-segundo

Como diria Sidarta, o Gautama: é preciso viver como se nossos cabelos estivessem pegando fogo

Porque a morte vem

Naturalmente vem

Ela te abraça

Para o final

Ou para um novo início

Tanto faz

O que importa é que ela vem

Ela te liberta

- Quer ser libertado neste exato momento?

Não, você diria

Mas é fato que ela te liberta do fardo que é a vida

E sabe porque a vida é um fardo?

Porque você a tornou um fardo

Colocou centenas de coisas que não precisava

Vive tudo que não queria para viver um fardo idealizado

A vida que você idealizou é um fardo

É um fardo. Porque você se desconectou

Se desconectou da vida

Se desconectou do que você gosta

Se desconectou da pipa, do peão e até do vídeo game

Porque tem que trabalhar

Aboliu o Peter e virou o Gancho

Você morreu e esqueceram de enterrar

Porque a vida perdeu o gosto

Se te perguntassem agora o gosto da vida, qual seria?

Amargo, doce, azedo?

Sua vida não é pé de limão para ser azedo, oras!

Vá dar um jeito na vida

Beija a quem é de beijo e abraça quem é de abraço

Vive, briga e se emociona

Viver é ter aquilo que te emociona

Pergunta: o que te emociona?

O que te emociona é o que lhe faz feliz

Questiona: o que te faz feliz?

Seja feliz! A vida é muito curta para ser vivida assim:

Tão sisuda

Tão ferina

Tão desconcertada e desajeitada

Toda errada

Como se não tivesse jeito

E reflita:

Ontem: o que tivesse feito que hoje não teria feito?

Amanhã: vive diferente do dia de ontem

Hoje: faz agora porque amanhã ...

TIC TAC

O jogo acaba e fim

Você não tem mais tempo




quarta-feira, 1 de setembro de 2021

Texto bom

Texto bom é assim

Te pega

Te embaralha

Te amarra

Você emperra

Não existe mais nada

Só você e ele

Ele e você

É um namoro rápido, se poema

Se livro, pode levar meses

Anos

Décadas

Vidas

Centenas de anos

Perdidos em um livro

Em um texto

Que te pega

Te amarra

Te enlaça

Que nem um livro

E de repente

O tempo passa

E você se liga

Que o tempo é leve

E o texto fica


Foto: qmikola

segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Depende

 Tudo ajuda

Tudo atrapalha

Depende...

Depende do observador

Se é pessimista

Se é otimista

Se é nobre senhor!

Sim, se é nobre senhor!

- Uai, mas por quê?

Porque rima com observador(!)

- Ah, Tá. Mas porque atrapalha?

Se não atrapalhar, atrapalha.

- Mas porque atrapalha?

Porque você anda, diacho?

- Porque eu preciso andar.

Exato, se não tivesse nada te forçando a andar, você não andaria.

- Mas andar é normal.

Sim, mas porque todo mundo mundo assim evoluiu

- Eu também?

Sim, diacho de ser humano.

- Como assim ser humano?

Uia, você não é um ser humano?

- Como você sabe, está me vendo?

Como assim?

- Nós somos apenas palavras, escritas pela mesma pessoa

Como assim?

- Não seja pessimista...



imagem: Paolo Nicolello 

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Eu era poeta

Eu era poeta

Não, não era

Eu escrevia poemas e poesias

Malabarismos com palavras fazia

Mas não era poeta

Eu era um bêbado, um boêmio, um trôpego

Escrito à luz do vinho

Que bebia a noite

E vomitava à lua

À rua me tornava

A rua me tornei

Em mansidão entranhada

O amor me tornei

Amava minha vida

Me amava quem era

As mulheres, os cigarros, a bebida

A ansiedade...

Tudo eu era

E nada me tornei

O que então eu sei?

Apenas que nada sei

Que nada era

Na vida em que fui rei

Fui vários nessa vida

Mais boêmio, mais sôfrego, mais ilustre

Pedestre, caminhante em direção ao nada

Que é o tudo

Que no luto diário me aflige

De tal forma que o peito rasgue

Ainda penso nela...

E isso tanto me persiste

Mas assim é a vida

De peito em riste

Eu a enfrento

Com poesia e lamento

Com poema arrebento

A solidão diária

Que relato solidário

Ao escravo, ao trabalhador, ao operário

Ao livre servo

Que seu pranto desterra

Que a poesia exalta

E tudo em volta

Transforma, expande e a vida encerra

Resplandecendo

Como no copo de poesia embebido

No sol do meio dia

Com cachaça regada ao gosto de trabalho

Com sabor de rescaldo

Com sabor de poesia

Em sopa de azia

Eu era poeta

Juro! As palavras construía




segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Sigam-me os bons

Sigam-me os bons
Sigam-me os de bem
Sigam-me os homens de bem

Sigam-me os injustiçados
Aqueles contrariados
Infelicidados
Ofendidos com o resultado

Sigam-me os bons
De raiva embrigados
Que se sentem injustiçados
Que sentem a veia fever
Que sentem ódio
E sentem vontade de botar pra fuder

Sigam-me os bons
Aqueles que não acreditam
Que sentem e transpiram de ódio
Que odeiam
O.D.E.IA.M
E sentem desprezo pelo irmão

Sigam-me os bons
Que vão a igreja
Rezam o Pai Nosso
Em profunda oração
Mas que na hora da raiva
Perdem a linha
E humilham em vão

Sigam-me os bons
Os homens de bem
Que são superiores
Que humilham
Que apontam o dedo
Esbravejam em vão

Sigam-me os bons
Que proclamam preconceito
Enchem a boca
Cospem na cara
De quem lhes limpa o chão

Sigam-me os bons
Que transpiram ódio
Que anseiam vingança
De todo coração

Sigam-me os bons
Sigam-me os de bem
Sigam-me os abastados
Sigam-me os endinheirados
Sigam-me aqueles que têm

A cabeça inculta
A serviz dura
A mente vazia
E o coração de pedra

Sigam-me os bons
Sigam-me para a luz
E verão que Jesus andou com pobres, bêbados e prostitutas
E com sofredores nordestinos também

Sigam-me os bons
E que Deus lhes abençõe
Que lhes abra a mente
Para enxergar naquele ente sofrente
Naquele que nem mais parece gente
O Deus que crucificamos, Jesus.

Sigam-me os bons
Sejamos bons
Sejamos mensageiros da paz
Sejamos pessoas realmente boas
E não um demônio voraz

Sigam-me os bons
E deixem o ódio para traz

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Barata de armário

Barata boa vida

Que não conhece

O lado sujo da avenida

Que delimita

A vida das baratas de esgoto

E daquelas que estão

Na boa vida


Criada a base

De leite pera

Sucrilhos, Nescau

E erva-cidreira

A barata gourmet

Não sabe o que é o ralo

Nem surfar pelo chuveiro


Não sabe nadar

Nem come sujeira

Mas sente ranço

Dos restos da pia

"Ai que nojeira!"


Barata de armário

Que não conhece a doidera

Não toma cerveja

Não foge de lagartixa

Nem come batata doce

À beira da fogueira


Ah! Barata!

Nada mateira

Te encontrei no meu armário

ZAP!

Vai para a lixeira



Dinheiro

Dinheiro compra sexo, mas não compra Amor

Dinheiro compra remédios, mas não compra Saúde

Dinheiro compra prazer, mas não compra Felicidade

Dinheiro compra o efêmero, mas não o que é da Eternidade

Dinheiro compra, adquire e até flutua

No câmbio, fluta

Mas será que nos intermédios diários

- os intercâmbios da vida -

os sentimentos compra?

.........

Compramos por comprar

Para satisfazer necessidades que são como nós: efêmeras

Somos efêmeros, mas depreciamos o que somos: efêmeros

Não somos belos

Não somos eternos

Somos filhos da terra

E para a terra voltaremos: duramos um pouco mais que uma mosca

...........

Talvez, por isso, gostamos tanto de comprar

Comprar é um ato efêmero

E como efemeridade

- praxe que se dispersa na eternidade -

tende a seguir o ciclo

E aos mestres entoar:

Todo que é sólido, se dissipa no ar


quinta-feira, 12 de julho de 2018

Inglaterra versus França: III Guerra Mundial

A tão sonhada final da Copa não aconteceu na vida real. Mas papel aceita tudo e o futuro também.

Por isso, entenda este pequeno texto como um descompromissado exercício de futurologia.

E neste exercício futurológico, eliminemos sumariamente a Croácia, que para começar não tem nenhum título mundial. É hoje um time simpático e interessante. Sim, claro. Mas não é o país que criou o footbal. Por isso, xô Croácia. Xô! Nesta realidade paralela você foi eliminada.

E como tal, ocorre o conflito final, o pretexto derradeiro para a III Guerra Mundial, a tão sonhada final entre Inglaterra e França.

Tudo começou no Brexit. E, dessa forma, a situação não estava bem entre as duas nações, lembrando-se que é um exercício de futurologia, apesar da eliminação - por birra minha - da Croácia. Aqui, ela não existe.

Voltando a III Grande Guerra, dessa vez não motivada pela Alemanha, que caiu pela 3ª vez na Rússia - sim, emprestei a piada do Putin - mas pelo footbal.

Pensemos: o que seria mais pretexto para uma guerra mundial que uma final de Copa entre França e Inglaterra, lembrando que esses povos ficaram 100 ANOS EM GUERRA?

No final do supracitado conflito, os guerreiros nem sabiam porque estavam em guerra.

Perguntavam-se: por que estamos em guerra?

E respondiam: porque sempre estivemos.

Logo, por isso, essa final na ponta das baionetas seria magnífica.

Afinal, ingleses e franceses têm uma histórica relação bilateral sanguinária. São duras de matar.

Para começo de conversa, quase todos os grandes conflitos europeus envolveram diretamente essas duas nações e durante 500 anos a relação entre ambas era na base de espadas, catapultas e óleo fervente.

Voltando ao futuro e imaginando o cenário de caos, consultariam-se as árvores genealógicas e se descobriria que o goleiro da França teve o bisavô morto pelo tataravô do centro avante da Inglaterra.

Fora de campo, professores de história suscitariam os conflitos históricos:

- "Aqueles malditos Yankes trouxeram-nos grandes prejuízos na Guerra de libertação dos EUA!"

- "Aqueles franceses bundões colocaram nossos irmãos em campos de intervenção quando Hitler invadiu Paris!"

Gritos de ódio incendiariam Paris e Londres.

Nacionalistas queimariam a bandeira do inimigo em praça pública.

Franceses fariam isso cantando La Marseillaise e tomando um bom vinho da terra. Prontos para o embate.

Ingleses ficariam bêbados e destruiriam Londres antes do embate final.

E todo ódio do mundo entraria concentrado em campo.

É sangue. É ódio. É a III Guerra Mundial.

Um ódio milenar e sem igual, desde a época dos povos bárbaros, em que prevalecia a lei do mais forte - aquele que mais mata. "VIVA, ÁTILA HUNO!"

E é essa final de Copa do Mundo que quero ver.

Com muito sangue nas travas das chuteiras, hooligans e baionetas!!!



quarta-feira, 4 de julho de 2018

Alô, Deus?

- Alô, Deus, tudo bem?

- Tudo bem, Fábio. Por que não conversou comigo ontem a noite?

- Nossa, Deus, já falamos sobre isso...

- Eu compreendo, mas você sabe que sou um Deus ciumento, está na Bíblia.

- Sim, está na Bíblia, mas os teólogos explicam que não devíamos levar tudo ao pé da letra. Principalmente os livros do Antigo Testamento.

- Sim, claro. Não faça isso. Ou no passado você poderia ter votado no Trump. Aquele cara não veio para o céu.

- Nossa, Deus, fazendo fofoca, hein? Que feio!

- É, Deus tem os seus defeitos também... Tem uns filhos que criei com muito amor, mas que são um pé no saco. Melhor mandar para o inferno.

- Pois é..

- Tem uns caras muito ruins da ideia mesmo, mas o senhor acha que não tem nenhuma responsabilidade nisso, já que os criou?

- Está afirmando, mortal, que erro nas minhas criações?

- Não SENHOR! Eu queria dizer que, que, que...

- Hahahahaha

- Ah! Deus!

- Rapaz, você acabou de me dar uma bela explicação que não deve ler os livros do Antigo Testamento ao pé da letra e basta eu falar grosso um pouquinho que você quase se borra todo? Estou vendo daqui. Hahahaha

- Pois é, Deus, você me pegou. Hahahaha

- Peguei mesmo.

- Então, Deus, é que estou meio ocupado...

- Está muito ocupado para Deus?

- Deus, o senhor não acha que é muito demodê ficar usando essas frases clichês que os religiosos chatos ficavam distribuindo nas portas das igrejas?

- Eu acho, mas sou um senhor de idade, tenho alguns trilhões de anos, lembra?

- Verdade. Desculpe-me, não quis parecer ingrato ou presunçoso.

- Tudo bem, você é assim, mas eu o perdoo. Sempre perdoo.

- Muito obrigado. Sinto-me mais leve. E vou tentar refazer a pergunta, posso?

- Claro, sempre tentando, isso que é importa.

- Senhor, Deus, a sua ligação teve uma finalidade específica? O Senhor quer precisar de mim para alguma coisa?

- Não, não. Só queria conversar com você. Ouvir a sua voz. Você é meu filho e eu te amo.

- Nossa..

- O que foi?

- Desculpe-me, pensei algo que senti que foi desrespeitoso...

- Não tem problema.

- Ah! Se o Senhor soubesse o que pensei...

- Ah! Meu filho, eu sei algumas coisas. E algumas delas são relacionadas aos seus pensamentos.

- Nossa, então o Senhor sabe o que eu pensei?

- Claro, sou onisciente, lembra?

- Nossa, isso quer dizer que estou frito?

- Hahahaha. Não por isso rapaz. Não fritei nem aquele povo do Vale do Silício que falava que era bonzinho, mas usava mão de obra infantil escrava na China, e vou fritar justo você? Não...

- Nossa, mas foi justamente graças ao Vale do Silício que estamos conversando.

- Claro, claro. Mas os fins não justificam os meios, lembra?

- Claro!

- Justamente, por isso, permiti que o CEO da Orange descobrisse um jeito de vocês falassem comigo.

- Nossa, o que ele tem de especial?

- Tem um bom coração. Por conseguinte, tem uma empresa super responsável e comprometida com o bem estar social e com o meio ambiente. A Terra está melhor com ele e quando ele falecer, vou trazê-lo para junto de mim.

- Falando em fruta, empresa... E o CEO daquela outra empresa gigantesca do século passado com nome de fruta?

- Aquele que as pessoas idolatravam e que criou meios incríveis de vocês conversarem entre vocês?

- Isso, isso...

- Pois é, rapaz, esse não está muito bem não...

- Por quê?

- Ah! Ele foi um daqueles que mais usou mão de obra infantil chinesa para fabricar os celulares...

- Que pena.

- Uma pena mesmo. Criei-o tão belo e tão dotado de inteligência, mas usou isso para seu ego. Uma pena mesmo.

- Então, Deus, preciso trabalhar..

- Tudo bem. Se eu os amaldiçoei com o trabalho, essa desculpa eu aceito.

- Ah, propósito, poderia ligar para meu chefe e dizer que estou doente?

- Você está doente?

- Não.

- Eu sou Deus, não minto.

- Tudo bem...

- A propósito, conclua aquele pensamento que eu ouvi e que te deixou desconcertado.

- Nossa, Deus, posso mesmo? É que tenho que trabalhar.

- Tudo bem, parei o tempo para nós dois. Desembucha!

- Ai, sério? Estou com vergonha.

- Não tem porque ter vergonha, eu sei quem você é e se você pensa desse jeito é porque tem uma finalidade. Lembre-se, eu te criei assim.

- Posso mesmo?

- Pode.

- Deus, o Senhor não está, digamos, banalizando um pouco a sua presença entre nós? Antes era tão difícil conversar com o Senhor e com a sua legião angelical...

- Facilitar não é banalizar...

- Sim, claro. Mas é que não compreendo porque o Senhor não fez assim desde o começo.

- Você e o resto da humanidade.

- Então posso perguntar?

- Pode!

- Por que o Senhor não fez assim desde o começo?

- E qual seria a graça?

- Nossa, não entendi.

- Vou desenhar... Na Bíblia, consta que todas as vezes que agi na Terra depois do nascimento de Adão, foi por intermédio dele ou de Adão. Sabia disso?

- Nossa, não sabia.

- Interessante, não?

- Sim, muito, claro!

- Pois bem, estava esperando que um de vocês criasse um jeito de me comunicar com vocês do mesmo jeito que fazia com a Adão.

- Entendi, então o Senhor quis depender de nós, é isso?

- Isso, como sempre.

- Nossa, e facilitou bastante.

- Achou mesmo?

- Sim, claro. Antes era muito complicado com todos aqueles símbolos e aquele monte de intermediários falando em nome do Senhor. Muito confuso.

- Eu sei, por isso sempre soube que teria que facilitar as coisas.

- E porque foi há pouco tempo, recentemente?

- Tudo tem sua hora.