Rico? Porque Roubou
Sambista? Vagabundo!
Funkeira? Piranha!
Cabeleiro? É viado!
Cabeleireira? Fofoqueira
Bom de informática? Nerd
Bom de matemática? Mais nerd
Vendedor de loja? Explorado
Negro? Bandido!
Branco? Privilegiado
Mulher? Bom para o fogão
Médico? Babaca!
É do rock? Conservador!
Vendedor? Enrolador
É de esquerda? Petista
Petista? Comunista
De direita? Tucano
Tucano? Conservador
Jornalista? Manipulador
Comerciante? Ladrão
É gay? Uma bicha!
Talentoso? Preguiçoso
Freelancer? Finge que trabalha
Diz o que pensa? Antissocial
Classe média? Conservador
Trabalhador? Suga o patrão.
Patrão? Sanguessuga do trabalhador
Mora em comunidade? Bandido
Ocupou um teto vazio? Bandido
Mulher? Biscate!
Usa minissaia? Quer ser estuprada
Usa miniblusa? É vadia!
É trans? É tudo isso e nem me fale!
É gay? É doente
É homossexual? Pura imoralidade!
É político? Ladrão
É parlamentar? Desonesto!
Black block? Vândalo e vagabundo
Toma umas no bar? É bebum, alcoólatra
Vai no ballet?
É mulher: esforçada
É homem: falta de couro!
Negro na universidade? É cotista, privilegiado
E você, de quantos estereótipos já foi desqualificado?
sábado, 12 de maio de 2018
sexta-feira, 16 de março de 2018
O que realmente importa
Eu gosto é de samba e de cerveja
O resto é ilusão
Eu gosto é da noite
De virar madrugada
Cair no salão
Sentir o sereno no rosto
O frio que sopra
Mas com samba no ouvido
Aquecido pelo vinho
E sem mais nada na mente
O que importa é a diversão
Vida sem diversão é vida perdida
Vida que se foi
Vida que se entrega
A desiluzão
Sem um copo de chopp
Ou um litro de vinho
Sem um pouco de coloarinho
Para amargar a boca e adoçar a vida
Como seria meu coração?
Seria frio
Sem vida
Sem alento
Sem trigo
Nem rumo
Ai, nem sei como seria
Como eu seria sem a madrugada
Sem um pouco de fumo
Sem uma rápida fumaça?
Ah! Que palhaçada!
Que vida mais chata!
Que vida sem vida
Que morte sem sentido
Terei eu
Quando ela bater em meu portão
Quando ela me levar
Terei me divertido
Terei me lembrado
De tudo que fiz
E de nada me arrependido
Vou abraçá-la e agradê-la:
"Oi, eu já estava esperando
Me diverti bastante aqui.
O que vamos brincar no outro mundo?"
O resto é ilusão
Eu gosto é da noite
De virar madrugada
Cair no salão
Sentir o sereno no rosto
O frio que sopra
Mas com samba no ouvido
Aquecido pelo vinho
E sem mais nada na mente
O que importa é a diversão
Vida sem diversão é vida perdida
Vida que se foi
Vida que se entrega
A desiluzão
Sem um copo de chopp
Ou um litro de vinho
Sem um pouco de coloarinho
Para amargar a boca e adoçar a vida
Como seria meu coração?
Seria frio
Sem vida
Sem alento
Sem trigo
Nem rumo
Ai, nem sei como seria
Como eu seria sem a madrugada
Sem um pouco de fumo
Sem uma rápida fumaça?
Ah! Que palhaçada!
Que vida mais chata!
Que vida sem vida
Que morte sem sentido
Terei eu
Quando ela bater em meu portão
Quando ela me levar
Terei me divertido
Terei me lembrado
De tudo que fiz
E de nada me arrependido
Vou abraçá-la e agradê-la:
"Oi, eu já estava esperando
Me diverti bastante aqui.
O que vamos brincar no outro mundo?"
quarta-feira, 7 de março de 2018
Tira o pé da minha janta
Tira o pé daí
Não enche o saco
Vai embora!
Que fazes aqui
Nesse momento
Justo agora?
Agora vou embora
Você não?
Simbóra
Desacampa
Rala peito
Pula fora
Ou o pau quebra
Eu te quebro
Na manobra
Uma no queixo
Uma no estômago
Na maciota
Com muito carinho
Um olho roxo
E uma viola
No teu lombo frouxo
Seu belo encosto
E assim dá corda
Pro teu rumo
Ô falta de assunto
Falta de escola
Toma caminho
Vai de mansinho
Vai-se embora!
Não enche o saco
Vai embora!
Que fazes aqui
Nesse momento
Justo agora?
Agora vou embora
Você não?
Simbóra
Desacampa
Rala peito
Pula fora
Ou o pau quebra
Eu te quebro
Na manobra
Uma no queixo
Uma no estômago
Na maciota
Com muito carinho
Um olho roxo
E uma viola
No teu lombo frouxo
Seu belo encosto
E assim dá corda
Pro teu rumo
Ô falta de assunto
Falta de escola
Toma caminho
Vai de mansinho
Vai-se embora!
sexta-feira, 2 de março de 2018
Língua Portuguesa
É um aperta e segura
Um vai e vêm
Que nunca tem cura
É um acento aqui
Uma vírgula acolá
É tanta frescura?
Se é frescura não sei
Mas é tanta regra
É lei?
Uma imposição
Uma chateação
Me acabrunhei
Todo dia é assim
Um esquenta neurônio
Cansaço nos olhos
Por que o porquê
Junto com acento
É substantivo
E não há argumento!
Uma vírgula errada
É morte!
Não mate!
Não, mate!
Então não, mate o português!
Vamos frasear
Parafrasear brincando
Lendo com a vida
Rir conversando
E não essa coisa palavreada
Essas palavradas
Me deixam doido
Oh vida atinada
De quem fala
O português lacônico
Como peste bubônica
Nos deixa atônicos
Co'a linguagem afônica
Um vai e vêm
Que nunca tem cura
É um acento aqui
Uma vírgula acolá
É tanta frescura?
Se é frescura não sei
Mas é tanta regra
É lei?
Uma imposição
Uma chateação
Me acabrunhei
Todo dia é assim
Um esquenta neurônio
Cansaço nos olhos
Por que o porquê
Junto com acento
É substantivo
E não há argumento!
Uma vírgula errada
É morte!
Não mate!
Não, mate!
Então não, mate o português!
Vamos frasear
Parafrasear brincando
Lendo com a vida
Rir conversando
E não essa coisa palavreada
Essas palavradas
Me deixam doido
Oh vida atinada
De quem fala
O português lacônico
Como peste bubônica
Nos deixa atônicos
Co'a linguagem afônica
sábado, 24 de fevereiro de 2018
Vaidade
Dentre os seres humanos, ela é a melhor
É a mais bela
A mais inteligente
A mais sábia
É o suprassumo do Bem
Estonteantemente maravilhosa
É a mais digna de atenção
É a mais eficiente
Dentre os músicos, o melhor guitarrista
O melhor violonista
O melhor vocalista
O melhor baterista
Tudo
Tudo
Tudo de bom
Excelência suprema
Excelência entre os excelentes
A caridade em pessoa
Muito boa
Muito boa mesmo
Muito boa de morrer
É tão boa que quando faz a ação
Em cima de todos distoa
É a que mais aparece
A que mais se promove
Sobre a que mais se conversa
Quem questiona não merece
Não merece atenção
Não merece amor
Não merece
Não merece
Não merece
Não merece porque não contemplou a beleza
A sutileza
A grandeza
A grandiosidade em pessoa
O melhor dos seres humanos
O mais criativo
O mais estrondoso
O mais maravilhoso
O mais vaidoso
É a mais bela
A mais inteligente
A mais sábia
É o suprassumo do Bem
Estonteantemente maravilhosa
É a mais digna de atenção
É a mais eficiente
Dentre os músicos, o melhor guitarrista
O melhor violonista
O melhor vocalista
O melhor baterista
Tudo
Tudo
Tudo de bom
Excelência suprema
Excelência entre os excelentes
A caridade em pessoa
Muito boa
Muito boa mesmo
Muito boa de morrer
É tão boa que quando faz a ação
Em cima de todos distoa
É a que mais aparece
A que mais se promove
Sobre a que mais se conversa
Quem questiona não merece
Não merece atenção
Não merece amor
Não merece
Não merece
Não merece
Não merece porque não contemplou a beleza
A sutileza
A grandeza
A grandiosidade em pessoa
O melhor dos seres humanos
O mais criativo
O mais estrondoso
O mais maravilhoso
O mais vaidoso
quinta-feira, 11 de janeiro de 2018
Repetindo
Cada momento
Cada perda
Cada nota
Cada vida
Cada situação
Em sua volta
Mas não se importa
Não se importe
Com o que diga
Com o que se nota
Apenas com a vida
Que enrola
Que se nota
Vai-se embora
Despedia
Qual nora
No altar
Da vida
É... rima
Com suspiro
Com despedida
Com vida... De novo
Sem vida? De novo
Again
Agora
Meu povo
Que sinistra
Sílaba
De novo
Ai meu Deus
Não consigo
Parar
Se vou
Se consigo
Repito
De novo
Cada perda
Cada nota
Cada vida
Cada situação
Em sua volta
Mas não se importa
Não se importe
Com o que diga
Com o que se nota
Apenas com a vida
Que enrola
Que se nota
Vai-se embora
Despedia
Qual nora
No altar
Da vida
É... rima
Com suspiro
Com despedida
Com vida... De novo
Sem vida? De novo
Again
Agora
Meu povo
Que sinistra
Sílaba
De novo
Ai meu Deus
Não consigo
Parar
Se vou
Se consigo
Repito
De novo
terça-feira, 5 de dezembro de 2017
Samba
De roda
De escola
De butiquim
Te pega na vida
Te leva embora
Te deixa a fim
Te joga nos lados
Te pega de volta
Te dá um sorriso
Te leva embora
Te chama no canto
Te deixa em prantos
Te revira por dentro
Te deixa molengo
Numa sexta a tarde
Em um sábado a noite
Em um domingo de manha
Sempre o samba te leva
Sempre ele te traz
Seja pelo mar
Seja pelos cabelos
Qual o timoneiro
Mas ele faz
Ele traz
Ele é samba
Ele é capaz
De mudar sua trajetória
E roubar sua paz
E ampliar sua memória
De vida
De dores
De sorrisos
De amores
Isto é vida
Isto é ginga
Coisa de bamba
Isto é o samba
sexta-feira, 24 de novembro de 2017
Poesia de Cara
Só queria ser feliz, cara
Sem aperto no peito
Sem dor de cabeça
Sorriso rasgando
Sorriso na cara
A cara não é cara
A cara é de menos
Com dentes escovados
Sem meias palavras
Sem beijos e abraços
Uma dureza que só
Sem moleza
Ouviu? SEM M.O.L.E.ZA
Não é mole não
Pois quem é mole
Se joga do alto
E abraça o asfalto
Espatifa no chão!
Espatifou?
Bem-feito!
Só não atrapalha o trânsito
Sai do meu caminho
Sai do meu caminhão
De angústias
De raiva
De sina
Lascívia
Contida
Na lábia
Só queria ser feliz, cara
terça-feira, 7 de novembro de 2017
Ê Jãozinho
Chegou o dia da entrega da redação escolar e a professora ficou muito entusiasmada com as redações de suas fofuras de alunos. Menos com a do Jãozinho.
Jãozinho já apresentava, aos 7, tendências curiosas em seu comportamento e um certo ardor fervoroso por atividades que são recriminadas pela sociedade.
A Dóra, que era uma belezinha de menina, por exemplo, alimentava a sanha pela Medicina. Amava os animais e se não fosse "dotôra" de gente, certamente seria dos bichinhos. E seria, certamente seria.
Já o Ricardinho era o cara da sala, era bom de bola e seu sonho era ser ponta esquerda no Curíntia. E o rapazinho era talentoso mesmo. Driblava um, quebrava outro, colocava a bola na frente e haja pulmão para acompanhar o Ricardinho. Era GOOOOOL na certa.
Também tinha o Fernando. Esse era bom em tudo que era científico. Menino inteligente da Po"""" esse. Era bom de química e física e ficou amigo da rapaziada dando aquela força na prova de matemática. Afinal, não era bonito e ficava envergonhado na frente das garotas. Então resolvia seu lado fraco com essas compensações com os coleguinhas. Gente boa esse Fernando e futuro engenheiro do ITA.
E todos esses, reconhecendo seus respectivos e maravilhosos talentos, fizeram suas redações com base naquilo que acreditavam ter potencial. E o Jãozinho não era diferente, mas suas habilidades não eram, desde cedo, bem aceitas pela sociedade.
Mas o Jãozinho...
- Vem cá, Jãozinho!!!
- Que foi fessora?
- Ah! Jãozinho!
- Que eu fiz? Juro que não fui eu que passou cola na cadeira da Bruna!
- Cê fez isso também Jãozinho, foi?
- Ai...
- Depois a gente conversa disso! O papo agora é outro.
- Que papo, tia?
- Que redação é essa, João?
- Nossa, tia, por que a senhora tá me chamando com esse nome? A senhora nunca me chama assim. A senhora tá brava, tá?
- Não estou brava menino. Estou decepcionada.
- Nossa, fessora, o que eu fiz?
- Que diacho de redação é essa? É esse o seu sonho criatura? É para isso que eu dou um duro danado aqui com vocês?
- Ah é - disse a endiabrada miniatura de gente com o rosto enrubescido.
- Ah é! É só isso que você tem para me dizer, diacho? Que raio de redação é essa??? Como assim? Por que diacho você quer ser ASSALTANTE DE BANCO?
- Então, fessora, é que essa carreira é mais promissora que as outras. Ser jogador de futebol é para poucos e não tenho esse talento todo. Ser médico? Piorou, né? Tem que ser muito inteligente. E engenharia é difícil, sou ruim de conta.
- Nossa menino, que cabeça oca é essa sua? Você não acha que é capaz?
- Talvez eu até seja, fessora. Mas dá muito trabalho. Olha para a senhora...
- Como assim, menino? - Nesse momento a professora ficou perplexa e curiosa, ao mesmo tempo. - Anda logo, desembucha!
-Ah! A senhora sabe como é, né?
- Não sei não, desembucha!
- Ah, fessora eu gosto do trabalho que a senhora faz.
A professora então se sentiu elogiada, mas permaneceu em choque pela primeira opção de seu querido - endiabrado, mas querido - aluno. Afinal, ele tinha preferência por ser assaltante de banco que professor.
- Então, criatura, porque você não quer fazer o que eu faço?
- Ah, fessora, vou estudar muito, terminar todo o ensino básico, o colegial e fazer faculdade para ser professor? Dá muito trabalho e não ganha muito.
- Ah, então o safadinho quer ser assaltante de banco???
- Sim, fessora, porque é mais promissor.
- Como assim, diacho?
- É mais promissor porque exige menos conhecimento e os ganhos são mais rápidos.
- Meu Deus, criatura! - Ah! Professora já não estava mais se aguentando.
- É, fessora, e não quero fazer pelo resto da vida não.
- É, diacho! Até quando você quer fazer isso?
- Ah! Eu quero fazer uma vez só para conseguir um dinheirinho bom para ajudar minha mãe, coitadinha. Trabalha tanto e não tem o menor valor.
- E sua mãe ia gostar disso? De saber que você quer ajudá-la com dinheiro roubado?
- Não, fessora. Por isso vamos fazer um trato.
- Como assim? - Agora a professora ficou ainda mais assustada com a ousadia do moleque. E mais curiosa ainda.
- Sim, fessora. A senhora não conta para ela e eu ajudo a senhora quando eu tiver feito o roubo.
A professora achou aquilo uma baita maluquice e mandou o moleque fazer uma redação "decente".
E no fim tudo acabou bem.
Exceto quando a professora foi presa pela Polícia Federal, 20 anos após esta conversa, porque não soube explicar a procedência de 2 milhões que haviam sido depositados em sua conta.
Ê Jãozinho...
Jãozinho já apresentava, aos 7, tendências curiosas em seu comportamento e um certo ardor fervoroso por atividades que são recriminadas pela sociedade.
A Dóra, que era uma belezinha de menina, por exemplo, alimentava a sanha pela Medicina. Amava os animais e se não fosse "dotôra" de gente, certamente seria dos bichinhos. E seria, certamente seria.
Já o Ricardinho era o cara da sala, era bom de bola e seu sonho era ser ponta esquerda no Curíntia. E o rapazinho era talentoso mesmo. Driblava um, quebrava outro, colocava a bola na frente e haja pulmão para acompanhar o Ricardinho. Era GOOOOOL na certa.
Também tinha o Fernando. Esse era bom em tudo que era científico. Menino inteligente da Po"""" esse. Era bom de química e física e ficou amigo da rapaziada dando aquela força na prova de matemática. Afinal, não era bonito e ficava envergonhado na frente das garotas. Então resolvia seu lado fraco com essas compensações com os coleguinhas. Gente boa esse Fernando e futuro engenheiro do ITA.
E todos esses, reconhecendo seus respectivos e maravilhosos talentos, fizeram suas redações com base naquilo que acreditavam ter potencial. E o Jãozinho não era diferente, mas suas habilidades não eram, desde cedo, bem aceitas pela sociedade.
Mas o Jãozinho...
- Vem cá, Jãozinho!!!
- Que foi fessora?
- Ah! Jãozinho!
- Que eu fiz? Juro que não fui eu que passou cola na cadeira da Bruna!
- Cê fez isso também Jãozinho, foi?
- Ai...
- Depois a gente conversa disso! O papo agora é outro.
- Que papo, tia?
- Que redação é essa, João?
- Nossa, tia, por que a senhora tá me chamando com esse nome? A senhora nunca me chama assim. A senhora tá brava, tá?
- Não estou brava menino. Estou decepcionada.
- Nossa, fessora, o que eu fiz?
- Que diacho de redação é essa? É esse o seu sonho criatura? É para isso que eu dou um duro danado aqui com vocês?
- Ah é - disse a endiabrada miniatura de gente com o rosto enrubescido.
- Ah é! É só isso que você tem para me dizer, diacho? Que raio de redação é essa??? Como assim? Por que diacho você quer ser ASSALTANTE DE BANCO?
- Então, fessora, é que essa carreira é mais promissora que as outras. Ser jogador de futebol é para poucos e não tenho esse talento todo. Ser médico? Piorou, né? Tem que ser muito inteligente. E engenharia é difícil, sou ruim de conta.
- Nossa menino, que cabeça oca é essa sua? Você não acha que é capaz?
- Talvez eu até seja, fessora. Mas dá muito trabalho. Olha para a senhora...
- Como assim, menino? - Nesse momento a professora ficou perplexa e curiosa, ao mesmo tempo. - Anda logo, desembucha!
-Ah! A senhora sabe como é, né?
- Não sei não, desembucha!
- Ah, fessora eu gosto do trabalho que a senhora faz.
A professora então se sentiu elogiada, mas permaneceu em choque pela primeira opção de seu querido - endiabrado, mas querido - aluno. Afinal, ele tinha preferência por ser assaltante de banco que professor.
- Então, criatura, porque você não quer fazer o que eu faço?
- Ah, fessora, vou estudar muito, terminar todo o ensino básico, o colegial e fazer faculdade para ser professor? Dá muito trabalho e não ganha muito.
- Ah, então o safadinho quer ser assaltante de banco???
- Sim, fessora, porque é mais promissor.
- Como assim, diacho?
- É mais promissor porque exige menos conhecimento e os ganhos são mais rápidos.
- Meu Deus, criatura! - Ah! Professora já não estava mais se aguentando.
- É, fessora, e não quero fazer pelo resto da vida não.
- É, diacho! Até quando você quer fazer isso?
- Ah! Eu quero fazer uma vez só para conseguir um dinheirinho bom para ajudar minha mãe, coitadinha. Trabalha tanto e não tem o menor valor.
- E sua mãe ia gostar disso? De saber que você quer ajudá-la com dinheiro roubado?
- Não, fessora. Por isso vamos fazer um trato.
- Como assim? - Agora a professora ficou ainda mais assustada com a ousadia do moleque. E mais curiosa ainda.
- Sim, fessora. A senhora não conta para ela e eu ajudo a senhora quando eu tiver feito o roubo.
A professora achou aquilo uma baita maluquice e mandou o moleque fazer uma redação "decente".
E no fim tudo acabou bem.
Exceto quando a professora foi presa pela Polícia Federal, 20 anos após esta conversa, porque não soube explicar a procedência de 2 milhões que haviam sido depositados em sua conta.
Ê Jãozinho...
segunda-feira, 6 de novembro de 2017
Tinder
Sou gato, loiro, intelectual, sou médico, pareço o Brad Pitt (na época do Clube da Luta) - R$ 300 mil.
Sou alto, loiro, magro, musculoso, tanquinho, engenheiro, ganho bem, Camaro e casa em área nobre da cidade - R$ 200 mil.
Tenho altura média, analista de marketing em multinacional, bom de papo, inteligente, bonito, intercâmbio e fiz MBA na FGV. - R$ 100 mil.
Tenho altura média, olhos verdes, pele bem clara, professor de faculdade com doutorado. R$ 50 mil.
Tenho altura média, intelectual, manjo de Rock´n Roll dos anos 70. Analista de TI em uma Startup que é o futuro Unicórnio. Inglês fluente - R$ 25 mil.
Curso técnico em eletrônica, inglês avançado. Olhos cor de mel. Pele de ébano - R$ 12,5 mil.
Professor. História. Concursado na Rede Pública Municipal. Bonitinho, 40. Nem gordo nem magro - 6 mil.
Sou vendedor. Ensino médio completo. Gordinho, 35 anos - 3 mil.
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